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2006-08-08
Peixes que vivem no fundo mar e carangueijos estão aparecendo mortos nas praias do Oregon (Estados Unidos) devido a uma “zona morta” que contém baixo teor de oxigênio, maior do que nos anos passados. Segundo cientistas, esta “zona morta” pode ter sido desencadeada pelo aquecimento global. Há sinais que esta zona está se espalhando ao norte, até a Península de Washington.

Os cientistas que estão estudando a “zona morta”, a qual abrange 70 milhas, concluíram que ela está sendo causada por um aumento explosivo na quantidade de pequenas plantas, chamadas fitoplâncton, as quais ao morrer submergem para o fundo do mar e são devoradas por bactérias que utilizam o oxigênio presente na água.

O aumento recorrente na quantidade de fitoplâncton é desencadeado por ventos que vem do norte, os quais geram um processo conhecido como ressurgência. Quando acontece a ressurgência, as águas profundas, ricas em nutrientes são trazidas a superfície. “Estamos presenciando mudanças, ano a ano, na freqüência e na duração dos ventos favoráveis a ressurgência,” disse Jane Lubchenco, professora de Ecologia Marinha do Estado do Óregon e membro da ‘Pew Oceans Commission’.

“Este aumento na variabilidade dos ventos é consistente com o esperado sob mudanças climáticas”. A primeira vez que cientistas notaram uma “zona morta” foi em 2002, na costa da cidade de Newport (EUA). A “zona morta” de Newport foi localizada devido a um fluxo raro de águas frias, ricas em nutrientes e pobre em oxigênio, que migrou do Ártico, disse Jack Barth, professor de Oceanografia do Estado do Óregon e, juntamente com Lubchenco, pesquisador da Partnership for Interdisciplinary Studies of Coastal Oceans.

Desde então, todo ano foram registradas novas “zonas mortas”, mas todas têm sido marcadas por intensos fluxos de ressurgência seguidos por períodos calmos, quando a água contém um teor menor de nutrientes, disse Barth. Este ano, a ressurgência iniciou mais fortemente em abril, diminuiu em maio, e aumentou novamente em junho. Após as ressurgências, os cientistas constataram que o nível de oxigênio estava mais baixo.

“Sabemos que não é poluição, nem um aumento na população de algas, o fato é que simplesmente não há oxigênio suficiente,”disse Francis Chan, professor de pesquisas em Zoologia do Estado do Oregon que tem mensurado o nível de oxigênio do oceano. O nível de oxigênio geralmente é baixo em águas profundas, disse Lubchenco, mas o que não é comum é que este nível está sendo apresentado em águas relativamente rasas, cerca de 50 pés de profundidade, e vindo em direção à costa, onde estão localizados os ecossistemas marinhos mais ricos.

Peixes de águas profundas estão aparecendo na variação de marés do Oregon, aparentemente, sendo levados em direção à costa pelo avanço da “zona morta”, disse Lubchenco. “Se continuarmos assim, podemos presenciar algumas mudanças ecológicas,”disse Barths. “Tudo depende do que acontecer com o aquecimento e com o efeito estufa.”

Em outras partes do país, como no Delta do Rio Mississipi, em Louisiana, as “zonas mortas” são causadas pelo aumento da população de algas que consomem todo o oxigênio da água devido à poluição proveniente da agricultura, disse Lubchenco. As “zonas mortas” como a da costa do Oregon também ocorrem na Namíbia, na África do Sul e no Peru. “Não temos certeza do que vem pela frente. Se for somente por um período curto, não será tão devastador quanto se começar a durar uma fração de tempo mais significativa,”disse ela.
(Carbono Brasil, 07/08/2006)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=14364&iTipo=5&idioma=1

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