Rio Grande do Sul pleiteia ampliar geração de energia eólica
2006-08-08
O governo do Estado do Rio Grande do Sul enviou ao ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau Cavalcante Silva, correspondência solicitando a ampliação da presença do Estado no Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), da Eletrobrás, principalmente na geração de energia através de parques eólicos.
Segundo o governador do Estado, Germano Rigotto, historicamente, os estudos de energia eólica iniciaram-se no Rio Grande do Sul em 1999 através de medições de superfície quanto a intensidade e direção dos ventos e é, em função disso, que o Estado pretende ampliar os avanços nesta área. O documento destaca que o Atlas Eólico do Rio Grande do Sul estima um potencial de geração de energia, a 50 metros de altura, na ordem de 15.840 megawatts (MW) em terra, e 18.520 MW sobre a água (lagoas dos Patos, Mirim e Mangueira).
No pedido ao ministro Rondeau, elaborado por técnicos da Secretária de Energia, Minas e Comunicações, foram citados 35 projetos com 1.596,23 MW passíveis de serem aproveitados, sendo 11 projetos habilitados e não selecionados com 386,59 MW, mais 24 projetos em tramitação.
Para o secretário de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Elmer Brack, esta situação é singular no que se refere ao empreendedorismo na prospecção desta fonte no Estado e é do interesse público que se viabilize a instalação do maior número de parques eólicos. “Apesar disso tudo, atualmente apenas três obras estão em desenvolvimento no Brasil (Rio do Fogo no Rio Grande do Norte, Osório no RS e Santa Catarina), que não totalizam 300 MW, o que indica uma alta taxa de mortalidade dos projetos, fato que se contrapõe aos interesses do Sistema Elétrico que espera contar com aporte de 1.400 MW advindos da fonte eólica até dezembro de 2008”, afirma.
Neste cenário, o Estado solicita o reaproveitamento de cotas não utilizadas no RS, na hipótese que algum projeto seja inviabilizado, e considerar a hipótese de redistribuição de cotas dos demais estados da Federação de projetos já pactuados com a União, ainda não iniciados e sem condições de conclusão até dezembro de 2008. O documento também cita a busca de atração de investimentos de uma fábrica de turbinas eólicas para que o RS passe a ser um pólo de equipamentos e componentes desse segmento de energia limpa.
Atualmente, dentro do Proinfa, o Rio Grande do Sul tem selecionado 220 MW para energia eólica e 161,7 MW para pequenas centrais hidroelétricas. O Parque Eólico de Osório está em produção comercial desde 5 de julho.
(Com informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Minas e Energia do RS, 08/08/2006)