(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-08-08
Depois de produzir medicamentos genéricos baratos que prolongam a vida das pessoas portadoras do HIV/aids, a Tailândia está pronta para combater a gripe aviária com a mesma estratégia. Cientistas tailandeses anunciaram que já contam com uma versão genérica do Tamiflu, único medicamento antiviral conhecido capaz de curar a gripe aviária. A notícia não poderia chegar em melhor hora. O anúncio traz a esperança de um tratamento mais barato no momento em que o país enfrenta um temível surto da cepa H5N1 do vírus da gripe do frango em suas granjas, após uma trégua de sete meses.

“Isto não terá fins comerciais. É para nossa segurança, para que os comprimidos estejam disponíveis”, disse á IPS Sirirerk Songsivilai, subdiretor da agência nacional para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. “Somos capazes de produzir aqui e queremos aumentar nossa produção. Este êxito ajudará a Tailândia no caso de um surto da enfermidade se houver escassez de Tamiflu”, disse Mongkol Jiwasantikarn, diretor da Organização Farmacêutica do Governo, em declarações publicadas sexta-feira pelo jornal The Nation. Este organismo está na vanguarda da produção de genéricos.

Em 2002, esta organização lançou versões de remédios genéricos para tratamento da aids, o que barateou a terapia para U$ 30 mensais. Os mesmos medicamentos, mas produzidos pelos grandes laboratórios do mundo, custam US$ 450 ao mês em Bangcoc. Quanto ao genérico para tratamento da gripe aviária, que será distribuído através dos hospitais públicos, fará cada comprimido custar US$ 1,85, metade do preço da versão original do Tamiflu, que chega a US$ 3,15. Durante os seis meses que os cientistas tailandeses demoraram para produzir o novo medicamento antiviral surgiram temores sobre uma possível escassez de Tamiflu, cuja patente pertence ao laboratório suíço Roche.

Isso originou pressões para que a Roche cedesse seus direitos de patente. Os críticos desta companhia consideraram que a multinacional colocava seus lucros acima das vidas humanas. Em países em desenvolvimento do sudoeste da Ásia, epicentro do mortal vírus da gripe aviária, a preocupação com o fornecimento de Tamiflu se agravou quando os países mais ricos se dedicaram a fazer cópia do antigripal da Roche. Hoje, a Tailândia tem um milhão de doses desse remédio, tanto em sua versão original quanto na genérica, fabricada com ingredientes importados da Índia.

A Organização Farmacêutica do Governo espera acrescentar outro milhão de comprimidos de sua própria versão do Tamiflu, em uma primeira etapa. “É perfeitamente correto os países produzirem medicamentos genéricos. Isto significa que os remédios estarão disponíveis para enfrentar a primeira fase de uma emergência”, disse desde Nova Délhi o especialista Harsaran Pandey, porta-voz da Organização Mundial da Saúde para a Ásia meridional e oriental. “Mas nenhum país – nem mesmo um tão rico quanto os Estados Unidos – jamais terá estoque para atender todos seus cidadãos”, acrescentou Pandey, entrevistado por telefone.

Autoridades da saúde pública advertiram que se a gripe aviária não for freada em sua origem através de medidas preventivas poderá desatar uma epidemia mundial. E se o vírus conseguir mutar de modo a permitir o contágio entre humanos haverá milhões de mortes. A organização Médicos Sem Fronteiras também está exercendo pressão. “Se um país tem capacidade para produzir genéricos para uma doença que afeta um número significativo de sua população, deve seguir em frente. Mas devem ser medicamentos bons”, disse à IPS Paul Cawthorne, coordenador para a Tailândia da filial belga dessa organização.

“O laboratório Roche não pode, neste caso, usar o argumento da proteção de sua patente porque não está em condições de atender a demanda atual. Se tentarem defender tal patente, perderão a batalha diante da opinião pública”, disse. Apesar das esperanças que surgem, cada vez se tem mais informes sobre a rápida expansão da gripe do frango no norte e centro da Tailândia. Na sexta-feira, especialistas em saúde animal confirmaram que aves de 15 províncias haviam sido infectadas pela cepa H5N1 do vírus.

O Ministério da Saúde colocou 164 pacientes na lista de infectados, após a morte de um rapaz de 17 anos, no mês passado, vítima fatal número 15 da gripe aviária desde o começo de 2004. A Tailândia é um dos 10 países onde morreram pessoas por causa de um contato próximo com aves contaminadas. Até agora, morreram 134 dos 232 infectados registrados desde o inverno de 2003, segundo a OMS. Os países mais afetados pela enfermidade são Vietnã e Indonésia, cada um com 42 mortes.
(Por Marwaan Macan-Markar, Envolverde, 07/08/2006)
http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=20688&edt=1

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -