Maior mosaico de áreas protegidas é tema de workshop em Manaus
2006-08-04
Especialistas de instituições de pesquisa, entidades e órgãos ambientais estarão reunidos hoje (4/8), em Manaus (AM), para traçar diretrizes em torno da gestão, conservação e geração de conhecimentos científicos sobre o Mosaico de Apuí, território de áreas protegidas. Esses e outros temas estarão sendo debatidos durante o workshop "Resultados da expedição biológica ao Mosaico de Unidades de Conservação de Apuí: subsídios para o Plano de Gestão”, das 8h30 às 12h, na sala de aula da Coordenação de Pesquisas em Entomologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O evento é aberto a todas as pessoas interessadas em acompanhar os debates.
Na oportunidade serão discutidos os resultados da expedição Juruena-Apuí realizada entre 19 de junho e 7 de julho, ao “Domo do Sucunduri”, pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), a Organização não-governamental WWF, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Inpa. A viagem procurou fazer o reconhecimento e a exploração do Mosaico de Apuí, localizado nos municípios amazonense de Apuí e Manicoré. A região é formada por nove unidades de conservação: seis de uso sustentável -Florestas Estaduais, Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Reservas Extrativistas- e três parques estaduais de proteção integral. Totalizando, portanto, cerca de 2,5 milhões de hectares de áreas legalmente protegidas.
Localizado na parte sudeste do estado do Amazonas, o Mosaico é alvo de desmatamentos originários do Pará e Mato Grosso. A agressão ambiental tem afetado o equilíbrio natural de uma das áreas menos conhecidas da Amazônia. Para se ter uma idéia, ainda faltam dados sobre a composição de todos os grupos biológicos da região, aumentando a possibilidade de registro de novas espécies.
A recente criação do Parque Nacional do Juruena (AM/MT), amplia o Corredor de Conservação Apuí-Telles Pires-Tapajós - que abrange os estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará - para cerca de 9 milhões de hectares, constituindo-se como o maior mosaico de florestas tropicais legalmente protegidas do mundo.
A região entre os rios Aripuanã e Juruena, na divisa do Amazonas e Mato Grosso, forma o chamado Domo do Sucunduri. Sua característica geológica diferenciada explica o grande número de saltos, quedas e cachoeiras existentes nesses rios.
(Ministério de Ciência da Tecnologia - MCT, 03/08/2006)
http://agenciact.mct.gov.br/