Os moradores de Sinimbu não necessitarão mais se deslocar a outras cidades e a perder tempo com
questões burocráticas para obter o licenciamento ambiental dentro de pouco tempo. A Câmara de
Vereadores começou a analisar na sessão de terça-feira (01/08) quatro projetos encaminhados pelo
Executivo antes do início do recesso de julho para a municipalização das atividades. O secretário
de Administração, Edenor Struecker, afirma que há uma demanda muito grande de pedidos em todo o
Estado, e o Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap) tem interesse para que os
municípios assumam o serviço.
O secretário afirma que o primeiro passo foi a criação do Conselho Municipal do Meio Ambiente e,
posteriormente, a intenção é assumir o licenciamento, fiscalização e a autuação. Struecker
explica que a medida vai agilizar o atendimento dos pedidos da população.
A expectativa é que os vereadores votem na próxima sessão os quatro projetos de lei relacionados
à questão do meio ambiente. Um deles se refere à criação do Departamento Municipal do Meio
Ambiente. De acordo com a proposta, o setor será ligado à Secretaria Municipal da Agricultura e
deverá ser o órgão responsável pela fiscalização dos temas relacionados ao meio ambiente no
município.
O outro projeto que tramita na Câmara prevê a criação da política do meio ambiente e comportará
os procedimentos legais no manejo ambiental. Os nove vereadores também analisam a implantação
do Fundo Municipal do Meio Ambiente. Os recursos obtidos com taxas e multas pagas a partir de
ações que estejam previstas na lei ambiental de Sinimbu serão destinados ao fundo para
aplicação em projetos voltados ao meio ambiente.
Os procedimentos para a cobrança das taxas serão debatidos com base em outro projeto de lei que
prevê a variação das unidades de padrão municipal para o pagamento. O secretário de
Administração afirma que hoje a Prefeitura já possui uma pessoa no quadro de funcionários apta
a fazer as vistorias para os licenciamentos. Ele prevê que os valores arrecadados com as taxas
irão cobrir os custos para o trabalho. Um convênio por meio da Associação dos Municípios do
Vale do Rio Pardo (Amvarp) deverá viabilizar os serviços de outros profissionais especializados
para o trabalho.
Conscientização
O secretário de Administração de Sinimbu afirma que a municipalização do licenciamento também
servirá para a conscientização dos produtores em relação às questões ambientais. “Existe grande
desconhecimento sobre as leis e eles muitas vezes recorrem ao erro por não saber das normas”,
diz Struecker. Explica que será necessário fazer palestras e prestar outras orientações para
evitar os problemas. “Quando chega a patrulha ambiental, eles ficam apavorados”, acrescenta.
O secretário observa que hoje existe mais mato no interior de Sinimbu do que há 30 ou 50 anos.
Mas observa que uma das grandes preocupações se relaciona à degradação com os recursos hídricos.
Struecker destaca ainda que os critérios para o licenciamento no município não poderão ser mais
brandos que a legislação ambiental.
(Por Otto Tesche,
Gazeta do Sul , 03/08/2006)