BANCO ALEMÃO VAI INTRODUZIR MECANISMOS PARA REDUÇÃO DE CO2
2001-10-09
O banco alemão KfW, criado após a Segunda Guerra Mundial para financiar políticas de desenvolvimento na Alemanha, anunciou, em setembro, que irá introduzir mecanismos para encorajar a comercialização de emissões de dióxido de carbono (CO2) e ajudar países europeus a reduzir suas emissões desse gás, conforme acordado no Protocolo de Kyoto. A Alemanha, por exemplo, tem que reduzir suas emissões em 21% até 2010, relativamente aos níveis emitidos em 1990. A base energética do país é a energia nuclear e a queima de carvão, e as energias renováveis só vem ganhando espaço nos últimos dez anos, especialmente a eólica, que hoje participa com 3% da matriz energética total. O economista Klaus Oppermann disse que os objetivos do KfW estão se afinando com as tentativas de solução do problema da mudança climática. Segundo ele, o papel do governo, de agora em diante, será o de prover fundos para a execução desses projetos. - Os mecanismos podem ser bônus, com a garantia de retorno mínimo, por exemplo, e com remuneração variável do crédito, disse o economista. De fato, as energias renováveis estão ganhando um cenário cada vez mais favorável na Alemanha, e as próprias agências de desenvolvimento estão tratando de difundir essas tecnologias para países em desenvolvimento, de modo a assegurar a expansão do seu mercado. Mas uma grande mudança cultural é necessária no que diz respeito ao conceito de obtenção e uso de energia.