Lixo acumulado em vias públicas causa proliferação de insetos e mau-cheiro em Canoas
2006-08-02
Depositar dejetos em vias públicas tornou-se uma prática comum em vários pontos da cidade. Em alguns locais, o acúmulo
de lixo chega a interromper ou atrapalhar a passagem de veículos e de pedestres. A reportagem do Diário de Canoas
conversou com moradores dos bairros Mathias Velho e Niterói. Eles comentaram que grande parte desse comportamento se
deve à falta de conscientização das comunidades, que desconsidera os cuidados com a saúde pública e o meio ambiente.
Em dois trechos da rua Curitiba, no Mathias Velho, o lixo esparrama-se de forma descontrolada, provocando mau-cheiro e
proliferação de insetos. O primeiro foco de dejetos fica na quadra entre as ruas Torres e Taquari. No local, são largados
animais mortos, carcaças de automóveis, restos de móveis e árvores, entre outros materiais que contribuem para formar um
grande entulho. Conforme moradores, o material se acumula há cerca de duas semanas.
COLETA - A dona de casa Rosane Rodrigues, 43 anos, convive com o problema há mais de duas décadas. “Nos últimos
seis anos se agravou bastante”, constatou. Segundo ela, apesar do caminhão de coleta passar três vezes por semana,
muitos moradores descartam materiais nos lixões ou até mesmo na vala. “A gente já viu vizinhos fazerem isso, inclusive
provocando o entupimento de esgotos nas casas. Falta é consciência para essas pessoas”, analisou.
Noutro ponto, entre as ruas São Lourenço e São Gabriel, dois carrinheiros reviravam os resíduos em busca de materiais
recicláveis para vender. Joel Fernandes, 28, contou que costuma visitar o lugar com freqüência. Há 12 anos na profissão,
João Gregório, 40, disse que ontem não rendeu muito porque o lixo estava queimando.
Desde que nasceu há 35 anos, o motorista Marco Batista convive com o depósito de lixo nas margens da vala da rua Itamar
de Matos Maia, no bairro Niterói. Há cerca de um ano, parte da vala foi fechada e a via asfaltada, mas a situação permaneceu
apesar da placa de proibição. Ele conta que em época de poda de árvores, os galhos têm como destino as margens da vala.
Para Marcos, o problema não tem solução, pois falta esclarecimento à população. “Se a Prefeitura não limpar, as montanhas
de lixo crescem.”
(Diário de Canoas, 02/08/2006)
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