Créditos de carbono podem financiar novas iniciativas para Pelotas
2006-08-01
Exemplos é que não faltam, principalmente na área do agroindústria, segundo o sócio-diretor da Sanitec Tecnologia em
Controle de Poluição, o engenheiro químico Osvaldo Faria, que trouxe para palestra ontem, no Centro das Indústrias de
Pelotas (Cipel), o diretor de projetos da Carbon Networks, Jorge Scotta. A Sanitec é parceira da Carbon na venda de créditos
de carbono por empresas que utilizam projetos de tratamento de efluentes, inclusive para novas iniciativas.
Dentro do foco da região na agroindústria, Faria exemplifica com a utilização pelos pecuaristas dos recursos vindos da venda
de crédito de carbono em projetos de confinamento do gado. Acessível a todos os portes de empresas, cada caso deve ser
estudado isoladamente, mas existe a possibilidade de associação, por exemplo de produtores, explica Faria. É o caso dos
criadores de suínos de Santa Catarina e Goiás.
O ponto de partida para os interessados é sempre a identificação de cada caso e o estudo do projeto adequado a ser
desenvolvido pela Sanitec e, como conseqüência, pela Carbon. Scotta veio a Pelotas, ontem, para falar justamente sobre os
créditos de carbono e suas perspectivas, acompanhado pelo diretor comercial José Antônio Schwartz Júnior. A Carbon tem
sua sede em Porto Alegre.
A partir do Tratado de Kyoto, acordado em 1997, cujo objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa - fenômeno
causado principalmente pelo acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera - é possibilitado o comércio de cotas de gás
carbônico, o que significa que países que poluem muito podem comprar créditos não usados daqueles que têm direito a
mais emissões do que geralmente geram.
(Diário Popular, 01/08/2006)
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