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2006-08-01
Um ônibus silencioso, mais macio para o usuário e para o motorista, movido a hidrogênio e não-poluente. Além disso, com ar-condicionado, piso baixo (para facilitar a entrada e saída de passageiros) e estrutura adaptada a portadores de necessidades especiais. Esse cenário futurista começa a ganhar contornos de realidade em 2007, com a entrada em operação de um protótipo com essas características no corredor Jabaquara — São Mateus, de 33 quilômetros, que cruza cinco cidades da Região Metropolitana de São Paulo.

“Existem trabalhos que mostram que parte das emissões de poluentes vão para dentro do ônibus, e os passageiros a respiram. Esse ônibus não tem esse problema”, destaca o gerente desenvolvimento da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), Márcio Schettino.

O corredor escolhido, segundo Schettino, é ideal para testar uma tecnologia cara como a de célula de combustível a hidrogênio, já que é uma linha de operação barata, por onde não circulam carros. Ele destaca que, para o modelo de testes operar, não há necessidade de quaisquer mudanças na linha, e que o veículo pode circular em todos os tipos de vias, normalmente — ao contrário dos trólebus, que são ligados a cabos elétricos e têm um percurso limitado a esse cabeamento.

Ônibus com células combustíveis movidas a hidrogênio operam com um princípio semelhante ao dos trólebus. A diferença é que a energia que move o veículo não vem de uma rede externa, mas é gerada dentro do ônibus, por meio de uma reação eletroquímica entre hidrogênio e oxigênio que não gera poluente algum. Em comparação aos motores de combustão interna, as células de hidrogênio produzem menos poluição — não só atmosférica, como também sonora.

O primeiro protótipo vai rodar por oito meses, segundo o gerente de desenvolvimento, e o conhecimento adquirido servirá para otimizar a construção de mais quatro veículos, que devem circular por quatro anos. O objetivo é testar a tecnologia, garantindo a segurança e a capacidade no manuseio do hidrogênio. “Depois, esperamos montar uma garagem com 200 ônibus totalmente movidos a hidrogênio”, complementa. Ele trabalha com a expectativa de que em 25 anos um terço da frota da região seja movida a hidrogênio.

Em agosto, durante o 4° Seminário e Exposição de Veículos Elétricos, a equipe que desenvolve o ônibus movido a hidrogênio vai apresentar seus trabalhos. Schettino ressalta a importância de disseminar o conhecimento adquirido durante o projeto para os usuários, operadores, estudantes e universidades. “Queremos divulgar para a comunidade essa tecnologia”, afirma.

Tecnologia promissora
O projeto de um ônibus a hidrogênio para circular em São Paulo é desenvolvido desde 2000, numa iniciativa do Ministério de Minas e Energia, em parceria com o PNUD e a EMTU, e em consórcio com empresas brasileiras e estrangeiras. “Toda tecnologia de automóveis desenvolvida no exterior demora dez anos para chegar aqui. Desenvolvendo agora, estamos junto com os países lá de fora. O Brasil possui uma posição de destaque na economia do hidrogênio”, avalia Schettino.

Ele afirma que o Brasil vai atingir o patamar comercial da tecnologia junto com os outros países, o que vai possibilitar, por exemplo, investir na exportação desse tipo de ônibus no mesmo tempo que os países desenvolvidos.

O Brasil é um dos grandes exportadores de ônibus do mundo. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, as vendas externas em 2005 chegaram a quase 19 mil unidades. O país é o segundo produtor do mundo, com cerca de 35 mil unidades fabricadas no ano passado, segundo a Organização Internacional de Produtores de Automóveis.
(Por Gustavo Villas Boas, PNUD Brasil, 31/07/2006)
http://www.pnud.org.br/energia/reportagens/index.php?id01=2163&lay=ene

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