Enquanto se desenvolvem os centros urbanos, aumenta o volume de lixo produzido por seus moradores. Por outro lado, diminui o espaço para descartar esses detritos. Destino majoritário dos resíduos gerados nas cidades, os aterros têm de ser instalados em áreas longe de cursos de água e da população.
Cada vez é mais difícil achar uma área que atenda às exigências ambientais para a criação de um aterro sanitário ou controlado. Dos 31 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, 13 já remetem seu lixo para fora das suas cidades, como a Capital, que manda 1,1 tonelada por dia para o município de Minas do Leão, distante 113 quilômetros. Tóquio e Nova York já exportam detritos para fora dos seus países.
No caminho entre a geração e o destino final dos resíduos, há alternativas para diminuir o volume que chega ao aterro.
- O ideal é gerarmos menos lixo - resume o diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Jackson Müller.
Além da reciclagem e do reaproveitamento de resíduos secos - possíveis somente a partir da separação do lixo - existem opções pouco utilizadas no Brasil para o lixo orgânico, como a compostagem, a incineração e a geração de energia. O diretor da Divisão de Destino Final do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Dmlu), Arce Bandeira Rodrigues, afirma que, embora sejam mais complexas e caras, é preciso investir nessas alternativas pensando no bem do ambiente.
(
Zero Hora, 27/07/2006)