Paraná abre barragens para evitar efeitos da estiagem
2006-07-28
Para amenizar os efeitos da estiagem sobre o abastecimento de água na área metropolitana de Curitiba, pequenas barragens na região de Piraquara (21 km da capital, onde estão localizadas nascentes) serão abertas para despejar água nos rios Iraizinho e Piraquara.
São cinco represas. Segundo a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), elas acumulam cerca de 1,5 milhão de m³.
Elas serão abertas de forma escalonada. Caso todas fossem abertas de uma vez só, o volume de água abasteceria a região por uma semana.
Essa é mais uma das medidas da Sanepar para evitar a possibilidade de racionamento.
O Estado enfrenta a pior estiagem em 76 anos, de acordo com a Suderhsa (Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental), que fez baixar os níveis de todos os rios.
O rio Iguaçu, afluente do Paraná e maior rio do Estado, tem nesta terça-feira vazão de 4,42 m³ na medição feita perto de Curitiba. A média é de 11,97 m³.
Frio no Sul
O Paraná e os outros dois Estados do Sul devem enfrentar a onda de frio mais intensa do ano no final de semana. A previsão é que uma massa de ar polar chegue à região, derrube as temperaturas e provoque fortes chuvas.
Segundo o Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia), Santa Catarina terá temperaturas mínimas entre -2ºC e -5ºC no planalto sul do Estado.
Santa Catarina registrou o dia mais frio do ano há um mês, quando nevou em Urubici (171 km de Florianópolis), que teve 4ºC negativos. A sensação térmica chegou a 16ºC negativos.
A frente fria provocará rajadas de vento de até 80 km/h no Sul. O mar fica agitado e as ondas terão picos de 4,5 m.
Queimadas
Segundo o Cptec/Inpe (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), diminuiu um pouco a quantidade de focos de calor no país.
No mapa de segunda-feira (24/7) eram contabilizados 378, contra 346 registrados na terça, os dados mais atualizados.
O Parque Nacional do Caparaó (MG) continuava sob alerta vermelho do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), devido à descoberta de dois novos focos de incêndio.
(Agência Folha, 27/07/2006)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u124391.shtml