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2006-07-28
"Além de causar problemas como o entupimento e deterioração dos sistemas captação de água, a proliferação do mexilhão dourado compromete a qualidade do meio aquático. Em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Águas e Esgotos (DMAE) tem utilizado produtos químicos, como o sulfato de cobre, que provoca acumulos nos organismos humanos e animais do meio aquático e pode causar doenças cancerígenas com seu uso continuado".

A denúncia foi feita pela doutora bióloga em aquacultura, malacologica Maria Cristina Dreher Mansur, com mais de 30 anos de pesquisas sobre os bivalves de água doce nativos e exóticos no Brasil e na América do Sul, na participação do evento Terça Ecológica, promovido pelo Núcleo dos Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ/RS) e EcoAgência Solidárias de Notícias Ambientais, que abordou o tema Mexendo com o Mexilhão – A Visão da Sociedade Civil.

Ao lado, o arquiteto paisagista e gestor ambiental Jamil Vergara, integrante do Centro Rede 2mil - Multiprofissionais, certificada como OSCIP, pelo Ministério da Justiça, a professora Mansur lembrou, ainda, que pela presença do mexilhão em nossos rios estes interferem diretamente na ambiência aquática e paisagística, através da alimentação dos peixes e sua cadeia alimentar e agressão aos arbustos sarandis, juncos, etc, por seu grande acúmulo de colônias que acabam ficando no substrato.

O mexilhão dourado é molusco exótico, originário da Ásia, que tem causando sérios danos ambientais, econômicos e sociais ao Rio Grande do Sul, e já está instalado no Pantanal, em alguns estados brasileiros e na América Latina (Colombia, Bolívia, Paraguaí, Argentina, Uruguai).

Para mostrar como estão atualmente as ações de combate à proliferação do mexilhão dourado, Jamil Campos Vergara explicou a importância das organizações civis, ou do terceiro setor, para mobilizar e planejar as ações de prevenção, sem omissão. As ações dos governos estadual e federal, sempre deixaram a desejar. A pesquisa científica na preocupação biológica e tecnológica tratam do problema de forma responsável, já que a iniciativa da AJA-TA (Associação de Amigos do Jacuí-Taquari), gerou a Ação Civil Publica pelo Ministério Público Federal (MPF), na Vara Ambiental Federal, como iniciativa da sociedade civil organizada, levando a situação enfatica de postura do Juiz Federal.

Jamil alertou ainda que a cobertura da mídia só acontece quando o problema chega nos setores produtivos do 1º e 2º Setores, que utilizam água em quantidades para seus processos de produção, gerando assim prejuízos econômicos e tecnólogicos. Assim, a responsabilidade civil e ambiental só ocorrerá com soluções pelas atitudes do terceiro setor que sempre encaminhou atitudes no Rio Grande do Sul desde 1998, portanto é quem achou as trilhas para resultados.

Tinta veneno
A professora Maria Cristina Mansur falou, ainda, sobre suas saídas a campo, onde realiza pesquisas por todo o estado em grandes rios como Uruguai, Pelotas, lagoas e em outras localidades, onde a presença do molusco já é confirmada. Durante estas saídas, ela tem observado como os pescadores estão sendo afetados com o problema. "Devido as grandes quantidades do molusco que ficam fixadas em suas redes e em suas embarcações", relata a bióloga, "os pescadores necessitam de prevenção e orientação sobre qualquer informação que os auxiliem no seu modo de pescar". Ela ainda faz um alerta que a utilização da chamada "tinta veneno", para proteger os cascos das embarcações dos ataques de mexilhões, e que possuem em sua composição quantidades desconhecidas de venenos, tornando-se uma ameaça à saúde, a ambiência e do ecossistema.

Por fim, os dois palestrantes alertaram sobre a importância das organizações civis para mobilizarem o sentido de conscientização da sociedade e dos órgãos responsáveis para superarem a OMISSÃO sobre o problema. Com o descaso em que atualmente tem se tratado a abordagem, certamente a sociedade terá que pagar os tributos e impostos, e que eles não enfrentam os problemas ambientais e econômicos que ocorreram por falta de ações adequadas e responsáveis. O debate deve ser estimulado e regularmente atualizado em todas as instâncias para que o acesso à informação e educação, seja parceirizada pela razão da lei enquanto OSCIP.
(Por Júlio Oliveira e Juarez Tosi, EcoAgência, 27/07/2006)
http://www.ecoagencia.com.br/index.php?option=content&task=view&id=1748&Itemid =2

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