O lixo domiciliar produzido em Rio Grande, no sul do Estado, é jogado em um grande lixão no bairro Carreiros. A principal
conseqüência do acúmulo é a contaminação da Lagoa dos Patos, já que o lixão localiza-se praticamente dentro da água. Em
2002, um levantamento realizado pelo programa Pró-Mar de Dentro, do governo do Estado, identificou a presença de metais
pesados e outras substâncias tóxicas na área. Na época, o lixão foi avaliado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental
(Fepam) como um dos piores do Estado.
A solução provisória encontrada pela prefeitura para o problema foi aterrar os resíduos acumulados com areia. Apenas o lixo
recolhido no dia é deixado descoberto atualmente.
Segundo o secretário municipal de Serviços Urbanos, Edes Andrade, na semana passada foi solicitada a licença de instalação
de um novo aterro à Fepam. Foi adquirida uma área de 54 hectares, às margens da rodovia Rio Grande-Pelotas (BR-392) para
a criação de um aterro sanitário.
- Sabemos que é um problema grave e urgente e estamos dando prioridade a isso. Também estamos estudando uma forma de
depois recuperar a área que hoje abriga o lixão - diz.
O que é o que é
- Aterros: locais para destino final do lixo que respeitam normas como a distância de mínima de 200 metros de qualquer curso
de água e a arborização nas redondezas
- Lixões: áreas de depósito de lixo sem controle. Poluem ar, terra e água. Favorecem a proliferação de animais peçonhentos,
insetos e transmissão de doenças
- Incineração: queima dos resíduos em alta temperatura. Pode chegar a cem vezes o valor da instalação de um aterro sanitário
- Compostagem: processo controlado de decomposição biológica de matéria orgânica presente nos restos de origem animal
ou vegetal. Seu produto serve de adubo
Planos da Capital
- O Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre (DMLU) planeja usar o biogás na geração de energia elétrica.
O Ecoparque Porto Alegre teria capacidade para tratar 420 mil toneladas de resíduos sólidos por ano. O biodigestor teria
capacidade de energia elétrica para abastecer 20 mil habitantes e reduziria em até 690 toneladas por dia o volume de lixo que
vai para aterros sanitários
(Por Rodrigo Santos,
Zero Hora, 27/07/2006)