Palestra sobre consórcio de exportação trata da produção orgânica em SC
2006-07-27
Os problemas relativos ao mercado são as principais preocupações dos produtores rurais. Este assunto foi tema de uma palestra proferida nesta quarta (25/7), no plenário da Assembléia Legislativa, por Daniel Amin Ferraz, coordenador do núcleo de integração para exportação do Ministério da Agricultura. O evento, promovido pela Câmara Italiana de Comércio e Indústria de Santa Catarina, teve o apoio institucional do Poder Legislativo, através do Fórum Ítalo-Brasileiro e contou ainda com a presença do secretário estadual da Agricultura, Felipe da Luz.
Como uma solução a esta preocupação, Ferraz apresentou as possibilidades e vantagens de criação de um consórcio de exportação. Trata-se de uma forma de ingresso no mercado internacional que se adapta a realidade das pequenas e médias empresas, principalmente. Através da união, os empresários conquistam benefícios diretos e indiretos, como manutenção de alíquotas de impostos reduzidas, além de outras condições como implantação de novas tecnologias, ampliação do mercado, fortalecimento das marcas, aprimoramento da qualidade e maior geração de empregos. De acordo com Ferraz, a diferença está no que antes era feito de maneira individual, com a concepção de disputa, hoje tem estas condições facilitadas justamente pela união. Equilibrando as relações comerciais e colocando todos num mesmo nível de competitividade.
Produtos orgânicos
Em Santa Catarina, a perspectiva está na organização de um consórcio de exportação para os produtos orgânicos. Neste sentido, visando assessorar e profissionalizar a comercialização e dar um impulso ao comércio de produtos orgânicos no estado, as associações de produtores juntamente com a Câmara Italiana de Comércio e Indústria deram início à formação de um consórcio de exportação destes produtos. A fundamentação desta ação está na organização dos produtores orgânicos e na unificação da oferta e da venda, seja em território nacional ou internacional. Os objetivos do Consórcio de Exportação são as melhorias da participação do estado no mercado brasileiro de produtos orgânicos, inserção do estado no mercado internacional, a capacitação de recursos humanos para o setor, a transferência de tecnologias, produtos e processos para a produção e a ampliação da segurança alimentar.
O secretário estadual da Agricultura, Felipe da Luz, diz que o mercado tem seus caprichos e que uma prática como esta poderá até criar muitas possibilidades para se trabalhar com cooperativas, associações e consórcios, principalmente formados por pequenas propriedades rurais familiares, que correspondem atualmente a 95% da realidade da agricultura catarinense. Luz acredita ser uma forma de organizar a agricultura no estado e aprofundar os conhecimentos no tema.
(Por Scheila Dziedzic, Alesc, 26/07/2006)
http://www.alesc.sc.gov.br/noticias/apresentanoticia.php