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2006-07-27
Mario Molina conhece bem o que significa poluição atmosférica urbana. Não apenas por ter ganho o Prêmio Nobel de Química em 1995, por pesquisas com a camada de ozônio, mas também por ter nascido e crescido na Cidade do México, uma das mais poluídas do mundo ao lado de São Paulo. Aos 63 anos, o engenheiro químico dedicou toda a sua vida profissional a esse tema.

“Para tentar melhorar o ar das grandes cidades temos que levar em consideração quatro pontos importantes”, disse à Agência FAPESP. Segundo Molina, que participa do Congresso do Ar Limpo para as Cidades da América Latina, que termina hoje (27/7), em São Paulo, são pontos relacionados com as fontes móveis de emissão de contaminantes atmosféricos: automóveis de passeio, motos, caminhões e ônibus.

Uma das primeiras ações que devem ser estimuladas, segundo o pesquisador, é a renovação da frota veicular. Um automóvel com mais de dez anos é em média 70 vezes mais poluente do que um zero-quilômetro.

“Além disso, por causa do impacto da frota veicular, é preciso que as normas que regulam as emissões sejam cada vez mais restritivas”, afirmou Molina, que, além de presidente do Centro Mario Molina para Estudios Estratégicos sobre Energia e Meio Ambiente, no México, é professor da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos.

Outra forte necessidade, segundo ele, é a produção de combustíveis menos sujos. Tanto no México como em São Paulo, a gasolina queimada pelos motores, por exemplo, ainda contém enxofre. O tipo de diesel utilizado também é altamente poluente.

A quarta estratégia, que será uma das mais discutidas nos três dias da conferência, é igualmente importante. “Um bom planejamento do transporte público é a maneira mais adequada de retirar os veículos das ruas”, disse Molina. Corredores de ônibus, desde que com veículos elétricos ou que usem combustíveis que emitam pouca quantidade de carbono para a atmosfera, são vistos com bons olhos.

“Claro que essas quatro ações passam pela vontade política. É por isso que cientistas e gestores precisam discutir ao redor da mesma mesa. É o que estamos fazendo no México. E podemos dizer que, apesar dos vários grupos políticos na zona metropolitana mexicana, estamos conseguindo trabalhar bem e enfrentar a poluição”, afirmou.

Com relações bem conhecidas entre poluição do ar e agravamento na saúde da população, Molina contou que o ar contaminado das grandes cidades pode ter um impacto muito grande no aumento da quantidade dos gases que fazem aumentar o efeito estufa.

“É isso que estamos estudando no momento no Projeto Milagro [Megacity Initiative: Local and Global Research Observations]: a relação entre o local e o global. Mas é claro que as condições do planeta estão sendo alteradas, sejam climáticas, químicas ou hidrológicas. A Terra, sem dúvida, está cada vez mais frágil”, disse.
(Por Eduardo Geraque, Agência FAPESP, 26/07/2006)
http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=5840

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