O sector da indústria papeleira portuguesa apresentou, em 2005, um aumento de 16 por cento nos resultados líquidos e de oito por cento no Valor Acrescentado Bruto. Os dados são da Celpa – Associação da Indústria Papeleira, que representa os maiores produtores de pasta para papel, papel e cartão a operar em Portugal. É o caso, por exemplo, da Aliança Florestal, Celbi, a Caima – Companhia Celulose do Caima, Grupo Portucel Soporcel e Silvicaima.

De acordo com a associação, no ano passado, enquanto que em termos europeus o sector conheceu um decréscimo de vendas de pasta e papel de 0,2 por cento, «Portugal contraria os resultados negativos do sector, apresentando um aumento das vendas de três por cento».

Em termos dos indicadores ambientais e energéticos, a captação de água total foi de 99 milhões de metros cúbicos, que corresponderam a um decréscimo de 4,9 por cento face a 2004. De registar também que foram necessários 28 metros cúbicos de água para produzir cada tonelada de pasta e de papel, menos 7,1 por cento do que no ano transacto.

Reflectindo a tendência verificada na água, também o volume total de efluente líquido tem sido reduzido, apesar dos aumentos da produção. Em 2005, e relativamente a 2004, essa redução foi de 4,2 por cento no efluente total produzido.

Ao nível dos efluentes gasosos, o indicador partículas totais, que reflecte a quantidade de partículas em suspensão no efluente gasoso, conheceu em 2005 um aumento de 10 por cento face aos valores de 2004, regressando aos dados observados em 2003. Na emissão de gases acidificantes verificou-se uma redução de 38 por cento nos óxidos de enxofre libertados e de 17 por cento nos óxidos de azoto.

O consumo de biocombustíveis, que continuam a representar a fracção dominante dos combustíveis consumidos por este sector, aumentou 1,4 por cento, enquanto que nos combustíveis fósseis se observou um aumento de 0,8 por cento.
(Ambiente Online, 26/07/2006)
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