Técnicos examinam aves migratórias e mosquitos na Lagoa do Peixe
2006-07-26
Biólogos e veterinários do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e de três Coordenadorias Regionais de Saúde (3ª,
13ª e 17ª), órgãos vinculados à Secretaria Estadual da Saúde, visitam o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, em Mostardas. A
equipe da Saúde faz coletas sorológicas de aves e mosquitos para a verificação da presença da Febre do Oeste do Nilo e
outros 18 tipos de arboviroses (viroses transmitidas de um hospedeiro para outro por meio de mosquitos). A iniciativa tem a
parceria do Ibama, do Ministério da Agricultura e da Secretaria Estadual da Agricultura.
Edmilson Santos, biólogo da Vigilância Ambiental em Saúde do CEVS, explica que “as arboviroses são transmitidas ao
homem pelo mosquito que anteriormente tenha picado um animal infectado e, como a Lagoa do Peixe recebe muitas aves que
vêm de outros continentes, é necessário controlar as doenças para evitar riscos para a população”. Conforme o biólogo, o
trabalho dos técnicos da Saúde será concluído na sexta-feira. Após, o material será analisado no Instituto Evandro Chagas, no
Pará.
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe é um dos maiores santuários de aves migratórias do Hemisfério Sul, com áreas de
matas, banhados e uma lagoa de 40 quilômetros de extensão e 1,5 quilômetro de largura. Cerca de 26 espécies de aves
partem do Hemisfério Norte e outras 182 visitam o parque durante o ano.
SINTOMAS
No homem, a Febre do Oeste do Nilo pode provocar sintomas parecidos ao da gripe, com febre, dor de cabeça e erupções
cutâneas. Esses sintomas podem levar a complicações como convulsões e paralisia. Efeitos mais severos, como encefalite e
meningite, ocorrem com menos de 1% dos infectados, podendo levar à morte. A doença é originária da África e foi levada por
aves para outros continentes como as Américas Central e do Norte. Em maio deste ano, um caso foi registrado na Argentina
quando o vírus foi encontrado em cavalos.
(Diário Popular, 25/07/2006)
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