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2006-07-25
Vinte alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) embarcaram no último sábado (22/7) para o Vale do Jequitinhonha para desenvolvimento do projeto Água da Chuva nas cidades de Itinga e Araçuaí, distantes 700 quilômetros de Belo Horizonte. O projeto, financiado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), está em sua segunda edição e tem o objetivo de aproveitar água da chuva para garantir a qualidade de vida da população durante o longo período de seca no semi-árido.

Sob a coordenação do professor Valter Lúcio de Pádua, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Escola de Engenharia da UFMG, os alunos, dos cursos de engenharia, farmácia e biologia, permanecerão nas duas cidades até o dia 1 de agosto.

Nesse período realizarão diversas atividades de educação sanitária e ambiental. Segundo Pádua, a meta é ensinar moradores a realizar a proteção sanitária das cisternas que armazenam água da chuva. O grupo mostrará à comunidade como tomar medidas de proteção que garantam a qualidade da água.

Entre as medidas estão a desinfecção da água com cloro e o descarte da primeira descarga de chuva. "A água que cai no telhado das casas corre por uma calha e é armazenada na cisterna. A primeira chuva leva toda a sujeira e, por isso, deve ser descartada", explica o professor. Além disso, recomenda-se utilizar vasilhas limpas para retirar a água, que será usada principalmente para beber e cozinhar. Outra alternativa é construir, a partir de orientação do professor e dos alunos, uma bomba manual com tubo de PVC e bolinha de gude, eliminando o contato de vasilhas com a água. Os alunos ainda capacitarão pedreiros para que aprendam a construir cisternas com todas as medidas de proteção.

Pádua diz que a água armazenada nos períodos de chuva pode atender a comunidade durante os oito meses de seca. "Sem isso, eles precisam caminhar muito para conseguir água que, muitas vezes, vem suja porque está em algum barreiro", diz ele.

O projeto, que recebeu investimento de R$ 70 mil da Funasa, teve início em 2005. Na férias de julho daquele ano, um grupo esteve no local e orientou a construção de cisternas que atendem seis famílias. Durante um ano, a qualidade da água vem sendo monitorada. "Hoje, a água é melhor do que a que eles bebiam", afirma Valter de Pádua. Para o professor, um dos pontos mais importantes do projeto é que, a partir do resultado da pesquisa realizada pela UFMG, será possível corrigir falhas de projetos futuros.

A captação de água de chuva e o seu armazenamento em cisternas são iniciativas da sociedade civil que ganharam importância nos últimos anos como forma de melhorar a convivência da população com o semi-árido brasileiro.

Na região vivem, aproximadamente, 18 milhões de pessoas numa área com cerca de 870 mil quilômetros quadrados e que abrange o norte dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais, os sertões de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e parte do sudeste do Maranhão.

As iniciativas de armazenamento de água da chuva têm envolvido diversas organizações não-governamentais e esforço do Governo Federal. Entretanto, por serem estas unidades praticamente as únicas fontes de água de algumas famílias, se não houver uma proteção sanitária adequada, a água pode ser contaminada e colocar em risco a saúde da população.
(Gazeta Mercantil , 25/07/2006)

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