Um grupo de cientistas da Administração Nacional Atmosférica Oceânica (NOAA), órgão de monitoramento costeiro climático dos Estados Unidos, está prevendo que a chamada "zona mortal" – caracterizada por falta de oxigênio no ar – seja maior neste verão do que no de 2005. A previsão foi feita em conjunto com um consórcio de universidades da Louisiana e refere-se às áreas costeiras desse Estado e do Texas. A projeção é de que a "zona mortal" esteja também acima das médias registradas desde 1990.
Conforme o modelo que embasou a previsão, da equipe do cientista Eugene Turner, da Universidade de Louisiana, a zona de falta de oxigênio será equivalente a 6,7 mil milhas quadradas, o que significa uma área equivalente à metade do Estado de Maryland. Desde 1990, a média anual tem sido de aproximadamente 4,8 mil milhas quadradas.
A previsão está baseada em cargas de nitrato que coorem dos rios Mississippi e Atchafalaya rivers desde maio, e incorporam-se às cargas anuais do sistema. Os dados sobre nitrogênio são do Serviço Geológico Norte-americano.
A chamada "zona mortal" é uma área no Golfo do México onde os níveis sazonais de oxigênio caem tanto a ponto de mal ser suportada a vida de organismos próximos de corpos de água. Com isso, há um aumento no crescimento de algas, estimulado pela elevação de nutrientes como o nitrogênio e o fósforo a partir dos rios Mississippi e Atchafalaya. Em conseqüência, cai o nível de oxigênio dissolvido em água.
As pesquisas indicam que a carga de nitrogênio na baía do Golfo do México tripliou nos últimos 50 anos, levando a sérios problemas respiratórios para os organismos. Segundo os cientistas, sua pesquisa melhorará as avaliações dos efeitos da falta de oxigênio sobre as várias condições oceanográficas da Costa do Golfo.
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NOAA, 24/07/2006)