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2006-07-25
Níveis crescentes de dióxido de carbono na atmosfera podem não ser tão benéficos para as colheitas quanto se pensava anteriormente, de acordo com um novo estudo. Com o aumento das temperaturas mundiais, os níveis de umidade do solo diminuem. Ensaios em laboratório sugeriram que as perdas de colheita resultantes dessa queda de umidade seriam compensadas por um grande aumento na fertilização decorrente do aumento nos níveis de CO2. Agora, estudos de campo mostram que os efeitos benéficos do gás não são, nem de longe, tão fortes quanto em ambientes reais de cultivo de plantas.

Durante a fotossíntese, as plantas convertem dióxido de carbono em carboidratos, um combustível que permite às plantas elaborarem tecidos e crescerem. Com base nas conversões químicas que ocorrem durante o processo, os cientistas podem prever quão grandes as plantas ficarão em um ambiente com níveis crescentes de dióxido de carbono. Em estufas e câmaras encapsuladas, essa previsão é acurada. Esses estudos levaram a Comissão Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) a concluir, em 2001, que ocorreria um crescimento do produto das colheitas em conseqüência do aquecimento mundial, e que o suprimento mundial de alimentos não estaria em risco imediato.

Mas ambientes como estufas e câmaras fechadas produzem temperaturas elevadas, fraca circulação do ar e aprisionamento de umidade, e não reproduzem as condições reais de cultivo, segundo o relatório de pesquisa publicado na atual edição da revista Science. "Uma empresa agrícola certamente não selecionaria variedades com base em estudos em ambientes enclausurados, e por isso não creio que nossas previsões para o futuro devam basear-se neles. Achamos que as previsões deveriam basear-se em rigorosos estudos de campo, e é isso que o FACE nos permite fazer", diz a co-autora Elizabeth Ainsworth, da Universidade de Illinois.

FACE, acrônimo de "free-air concentration enrichment" (livre enriquecimento da concentração de ar), é um dispositivo que permite aos pesquisadores controlar a concentração de gases no ar sem afetar quaisquer outras variáveis, como temperatura ou umidade. Nos estudos que seguiram essa metodologia, o CO2 é liberado de diferentes pontos em torno de uma área de plantio. Um programa de computador monitora constantemente a direção e velocidade do vento, e a concentração de dióxido de carbono na plantação, ajustando as posições e a quantidade de gás liberado de modo que a concentração de dióxido de carbono permaneça constante.

Os pesquisadores estudaram soja, trigo, arroz, milho e sorgo a níveis atmosféricos de dióxido de carbono previstos para daqui a 50 a 100 anos. Eles descobriram que no teste de campo ocorreu efetivamente apenas cerca de metade do incremento esperado para o rendimento da colheita. Embora esses resultados lancem dúvidas sobre a conclusão da IPCC sobre a segurança do suprimento alimentar mundial, os pesquisadores acreditam que exista uma solução. De acordo com Ainsworth, o baixo rendimento da colheita significa que deve haver algo limitando o pleno aproveitamento, pelas plantas, do dióxido de carbono extra. "Se pudermos cultivar plantas que não tenham essas limitações, elas poderão reagir melhor aos futuros aumentos de dióxido de carbono", assinala Ainsworth. "É um convite a mais pesquisas nesse campo".
(Scientific American Brasil, 24/07/2006)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=14111&iTipo=5&idioma=1

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