Alemães ajudam a preservar o Rio dos Sinos
2006-07-24
Durante suas férias como professor em universidades da Alemanha, Uwe Horst Shulz passava suas férias em países da
América Latina. Mal sabia ele que, logo adiante (em 1988), as semanas de folga por aqui iriam mudar sua vida. Schulz, 50
anos, acabou conhecendo sua mulher em Santa Catarina. Voltando para seu país, a vontade de rever o Brasil foi crescendo.
Com um ano de licença para tirar no trabalho burocrático que tinha na Alemanha, ele partiu de vez para terras brasileiras.
Ficou um ano trabalhando como professor na Universidade de Santa Catarina (UFSC), em 1995.
Meses depois, os caminhos o levaram a ministrar aulas na Unisinos. A partir daí, os vínculos entre este alemão e as terras de
colonização alemã dentro do Brasil só vieram a aumentar. E isso aconteceu mesmo com as dificuldades enfrentadas pelos
imigrantes. “Como comecei a aprender uma língua totalmente diferente já velho, tive problemas”, lembra Schulz, puxando a
letra erre das palavras. “Aprendi com aulas e escutando na rua, pelo `método papagaio”`, conta, entre risadas.
Hoje, ele é um dos comandantes do projeto Peixe Dourado e do Monalisa, que buscam melhorar a qualidade das águas da
região. O Rio dos Sinos, por onde os conterrâneos de Schulz chegaram pela primeira vez, há 182 anos, recebe hoje a ajuda
de um alemão para sobreviver.
(Jornal NH, 24/07/2006)
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