Mexendo com o Mexilhão – A Visão da Sociedade Civil, é o tema da Terça Ecológica, que ocorre na terça-feira, dia 25 de julho, a partir das 19h, na sede do Sindicato dos Jornalistas (Rua dos Andradas, 1270 – 13º andar), em Porto Alegre.

O projeto do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul/NEJRS e da EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais, pretende aprofundar o debate que tem preocupado as autoridades que encontram dificuldades em combater esse molusco, originário da China e que, nos últimos anos, vem se proliferando vertiginosamente nos rios de toda a América do Sul.

O mexilhão dourado tem causado problemas, tanto no ambiente aquático, devido ao seu alto poder reprodutivo e falta de inimigos naturais, como economicamente, com o entupimento de tubulações e problemas em filtros de indústrias e usinas hidrelétricas. Os palestrantes são o arquiteto paisagista e gestor ambiental Jamil Vergara e a professora da PUC/RS, doutora em malacologia aquacultura e bióloga Maria Cristina Dreher Mansur. O objetivo do evento, segundo eles, é mostrar a visão do terceiro setor, que tem sido excluído do debate, apesar de possuir um grande conhecimento cientifíco sobre o assunto.

“Basta lembrar”, explica Jamil Vergara, “que a ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal e que resultou na decisão judicial de fixar prazo para que os órgãos públicos tomem prividências no efetivo combate ao mexilhão dourado, partiu de uma representação por nós encaminhada”. Ele diz, ainda, que o primeiro setor (órgãos públicos) está debatendo o problema há dois anos e até agora não apresentou nada de efetivo. “Essa omissão de quem deveria combater o problema só tem ajudado a agravar ainda mais a situação”, enfatiza.

Segundo o arquiteto paisagista, os veículos de comunicação só abrem espaços para os setores público e privado porque eles têm mais poder econômico. “No entanto”, agrega, “somos nós que estamos trazendo o saber”. E conclui: “Hoje fala-se muito em Sistema de Gestão do Meio Ambiente. Nós estamos trazendo o Sistema de Gestão do Conhecimento, que é a posição científica, sem nenhuma paixão econômica ou outra, que não seja a luta pela qualidade de vida”.
(EcoAgência, 21/07/2006)
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