Após um mês de investigações, o Tribunal de Contas do Estado (TCE)
decidiu permitir que o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU)
inicie nesta segunda-feira (24/07) a etapa decisiva da licitação para
o novo modelo de coleta de lixo em Porto Alegre.
As 17 empresas habilitadas poderão apresentar os documentos que as
credenciam para concorrer à verba de R$ 305 milhões destinada a
reformular a limpeza urbana na Capital. A abertura dos envelopes
contendo as propostas financeiras dos interessados, no entanto, está
suspensa e provavelmente não ocorrerá até 25 de setembro, como estava
previsto. Isso significa que a adoção do novo modelo de coleta desejado
pela prefeitura deve ser retardada.
A proposta do DMLU prevê a substituição dos 38 contratos emergenciais
atuais por apenas dois megacontratos. O novo modelo incluiria
novidades, como varrição mecanizada das ruas, lavagem de vias que
abrigam feiras, limpeza de arroios e monumentos e capina de praças e
jardins.
A intenção do TCE é esclarecer possíveis irregularidades na montagem
do edital que resultou na licitação. Entre as suspeitas investigadas
pelo tribunal, pelo Ministério Público e pela Polícia Civil estão a
participação indevida de consultores na formulação do edital, previsão
de aumento de até 30% nos custos da coleta de lixo e verificação das
reais necessidades de mudança no modelo atual.
O DMLU nega as irregularidades.
(
Zero Hora, 22/07/2006)