Bageenses querem solução contra racionamento de água
2006-07-21
A União Bageense de Associações de Moradores (Ubam) resolveu organizar um encontro com a diretora do Departamento de
Água e Esgoto de Bagé (Daeb), Estefanía Damboriarena, para que responda alguns questionamentos sobre o assunto dos
representantes das associação de bairros. A reunião está marcada para as 19h, na sede do Sindicato dos Taxistas, situado
na rua Gomes Carneiro, 880.
De acordo com o presidente da união, Emílio Caetano Lunes Martins, esse é o primeiro encontro que a entidade organiza
sobre a crise que a população enfrenta diante da falta de água. Ele observa que os bajeenses já não agüentam mais conviver
com essa situação, quando têm que suportar apenas seis horas de água por dia em suas residências. A preocupação se
acelera ainda mais, segundo Martins, porque o racionamento de 18 horas diárias está ocorrendo em pleno inverno e
questionam que quando chegar o verão, quando as chuvas são menos intensas, a população ficará sem água.
Alternativas
Para que esse impasse não se estenda ainda mais, a Ubam resolveu promover esse encontro para que todos possam discutir
alternativas e apontar idéias com o propósito de enfrentar a falta desse recurso natural.
Para essa reunião, é aguardada a representação das 56 associações de bairros existentes em Bagé. Martins conclama para
que as lideranças compareçam neste encontro com objetivo de apresentarem os problemas que estão enfrentando em seus
bairros. “Esse é o momento do desabafo e também de pressionar o Daeb para que busque mais alternativas para enfrentar a
estiagem e sugerir alternativas”, assinala o dirigente ao salientar que uma das indagações vai estar centrada na construção a
nova barragem.
Martins detalha que a união tem muitas perguntas a fazer para a diretora, como por exemplo, a colocação de hidrômetros em
local que sofre com o racionamento de água quase que todo ano. Na opinião do presidente, o investimento em hidrômetros
não precisaria ser tão oneroso. Ele diz que a colocação desse material deveria ocorrer em residências e prédios que tem água
durante todo ano, para evitar o desperdício. Martins comenta que recebeu inúmeras reclamações de representantes de bairros
sobre o assunto. Uma delas é sobre a cobrança de excesso de água na conta de muito moradores que têm hidrômetros, de
forma injusta, principalmente nesse período em que a água está escassa.
Uma das alternativas para amenizar a situação da falta de água, na avaliação de Martins, é a utilização das dezenas de poços
artesianos que estão espalhados pela cidade. “Existem poços de grande vazão que poderiam resolver boa parte da ausência
de água em diversas regiões”, destaca.
Após o encontro com Estefanía, a entidade já prepara uma próxima reunião, desta vez, com a presença do prefeito Luiz
Fernando Mainardi. O tema em pauta além de ser sobre a seca, prevê debates sobre o Plano Diretor, enfocando a questão
tributária e cobranças de impostos, que poderão aumentar, o que não vem ao encontro dos anseios dos bajeenses.
(Minuano, 20/07/2006)
http://www.jornalminuano.com.br/noticia.php?id=6905