Parque da Granol em Cachoeira do Sul espera licença da Fepam para entrar em funcionamento
2006-07-21
A unidade da Granol em Cachoeira do Sul está dando os últimos retoques na reforma do antigo complexo de beneficiamento
de soja da Centralsul e está praticamente pronta para entrar em funcionamento. Após mais de um ano de reformas e
investimentos que giram na casa de R$ 10 milhões, a empresa espera apenas pelo licenciamento da Fundação Estadual de
Proteção Ambiental (Fepam), a chamada licença de operação.
De acordo com o gerente-geral da unidade, Armando Hiroshi Moriya, a licença da Fepam já foi solicitada e as análises estão
em andamento. “A Fepam fez várias exigências de adequações ao sistema de funcionamento da indústria. Já concluímos
todas as etapas de reformas, agora só falta o parecer final do órgão”, observou Moriya.
“Todos os equipamentos passaram por uma revisão completa para se adequar aos sistemas da Granol. Foram investimentos
pesados, nada de perfumaria (apenas pinturas e reformas superficiais). Muitas peças não resistiram à ação do tempo, já a
indústria estava parada há cerca de 23 anos. Está sendo um grande desafio para mim colocar essa fábrica em
funcionamento”, desabafou Moriya. Ele observa que somente um secador de grãos custou à indústria cerca de R$ 1 milhão.
EMPREGOS - A Granol/Cachoeira do Sul tem hoje 73 funcionários, porém esse número deverá chegar a 250 quando
a empresa estiver a pleno funcionamento. “Estamos com o mínimo de funcionários, suficiente apenas para deixar a unidade
em condições para operar”, explica Moriya. Os planos da Granol são de esmagar no primeiro ano de funcionamento cerca de
300 toneladas de soja.
Importante
A unidade da Granol em Cachoeira do Sul irá priorizar a compra de soja e outras oleaginosas da cidade e região como forma
de incentivar a cultura local e também economizar em transportes. 30% da produção da indústria deverá vir da agricultura
familiar. Essa é uma exigência do Governo Federal para que a empresa receba o Selo Social e assim ganhe a redução de
impostos. “Não temos a preocupação de não ter soja para beneficiar, já que o estado produz anualmente em média 7,7
milhões de toneladas do grão e a Granol deverá consumir no máximo 450 mil toneladas quando estiver funcionando a pleno,
inclusive abastecendo a indústria de biodiesel”, analisa Moriya.
(Por Cristina Sausen, Jornal do Povo, 20/07/2006)
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