O relatório da Polícia Militar Ambiental, com dados estatísticos e estratégias operacionais, revela que as regiões da Grande São Paulo e de São José do Rio Preto concentram cerca de 50% das atividades de tráfico de animais silvestres. Os dados mostram que dos 25.111 animais apreendidos em 2005, a metade passou por essas duas regiões que são as mais populosas do Estado.
O documento mostra, ainda, que houve um aumento, de 2001 para 2005, nas apreensões e em ações de repressão ao tráfico. A explicação, segundo o comando da Polícia Militar Ambiental, é que houve mais conscientização da sociedade que tem denunciado os casos de posse irregular de animais da fauna nativa. Segundo o comando da Polícia, 98% das apreensões são de psitacídeos e os outros 2% se dividem entre répteis e mamíferos. Dentre os psitacídeos apreendidos em maior número estão: o canário-da-terra, coleiro-baiano, picharro, tico-tico, azulão, pintassilgo, pássaro-preto, curió, bigodinho e galo-da-campina.
A Polícia Militar Ambiental está espalhada em todo o Estado de São Paulo, em 117 bases, o que permite constantes ações de fiscalização. O combate ao tráfico de animais exige conhecimento técnico específico do Policial Militar Ambiental, seja no reconhecimento das espécies de animais da fauna silvestre nacional seja no manuseio e transporte desses animais. Se o animal for identificado como exótico, o tratamento tem que ser diferenciado. Com freqüência, os animais apreendidos permanecem nas sedes operacionais da Polícia Militar Ambiental por dias, já que não existem locais de recepção disponíveis.
O relatório foi apresentado nesta segunda-feira (18/7) na Reunião Plenária Ordinária do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) e está disponível no link
http://www.cetesb.sp.gov.br/noticentro/2006/07/17_pm.pdf.
(Por Ana Prado, Envolverde, 20/07/2006)
http://www.envolverde.com.br/