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2006-07-20
Começaram a serem ouvidos os depoimentos que irão subsidiar o inquérito sobre os danos a saúde humana causados pela emissão de poluentes pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Nesta terça-feira (18/7), o chefe da delegacia de Meio Ambiente, delegado José Luiz Pazeto ouviu o representante da Associação de Moradores da Ilha do Frade, Paulo Esteves, que acompanha a luta para o fim do problema com o famoso "pó preto", na Grande Vitória.

Segundo o delegado, toda a fala de Paulo na audiência realizada no último dia 10 no Ministério Público Federal (MPF) foi repetida na delegacia junto com a apresentação de estudos da Ufes e da própria CVRD, em que a empresa admite que é majoritária na emissão da poeira sedimentada sob a Grande Vitória.

Na audiência e em seu depoimento, Paulo alertou para o risco de licenciar a construção da 8° usina e expansão das outras sete usinas CVRD sem que o problema do "pó preto" seja minimizado. Ele lembrou ainda que a produção será duplicada e por conseqüência o manuseio de pelota que gera a poeira também será duplicado implicando em mais incômodo para o capixaba.

No discurso do último dia 10, ele lembrou todos os incômodos causados pela poeira dentro e fora de casa e afirmou que se os órgãos concederem a licença antes de resolver o problema, o capixaba seria definitivamente enterrado no pó de minério. Para ele, é necessário reduzir hoje os níveis, para que seja garantido que os índices não voltarão a aumentar.

O delegado vai agora ouvir a CVRD, ainda sem data marcada, e depois ouvirá a sanitarista Fátima Bertollo Dettoni, que afirmou na última audiência que a ausência de provas de doenças causadas pela poluição não significa a ausência de danos à saúde humana, confirmando a necessidade de minimizar a poeira emitida pela empresa. Fátima informou que os sedimentos ficam retidos no organismo causando alergias e sinusites e que há inclusive estudos que mostram que os níveis de poluição na Grande Vitória já são suficientes para causar doenças.

Se ficar provado que a emissão de partículas sedimentares pela empresa é prejudicial à saúde humana, a empresa será indiciada e pode ser condenada a não receber mais licitação pelo poder público, também pode ser multada e até a embargo público.

O inquérito na Delegacia de Meio Ambiente foi aberto depois da audiência realizada no Ministério Público Federal (MPF) onde representantes de entidades ambientalistas, órgãos de saúde e meio ambiente e de associações de moradores reclamaram formalmente sobre os danos causados pela empresa e o descaso depois de anos de cobrança da sociedade para que a empresa resolva o problema.

Para os ambientalistas, o problema já foi constatado por estudos que provêm da empresa e que há, ainda, tecnologias para minimizar o problema, usadas inclusive, em empresas com relações profissionais com a CVRD. Para os ambientalistas, estas alternativas são suficientes para que o capixaba pare de sofrer com o problema, mas até agora nada foi feito pela empresa.

Além do incomodo, o pó preto emitido pelas poluidoras do Estado como a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), contribuiu para o 1,8% da população da Grande Vitória atendida nos postos médicos por sofrerem com doenças causadas pela poluição. A informação é da CPI da poluição, engavetada em 1996, que já apontava a localização das empresas no Complexo de Tubarão e na Serra como imprópria devido à predominância dos ventos.
(Por Flávia Bernardes, Século Diário, 19/07/2006)
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