Mortos em Tsunami superam os 500 e a busca de corpos prossegue na Indonésia
2006-07-19
Pelo menos 525 pessoas morreram e quase 300 estão desaparecidas em conseqüência da tsunami que varreu a ilha indonésia de Java na segunda-feira passada, informou o governo de Jacarta nesta quarta-feira. Um novo alerta de tsunami foi emitido na Indonésia depois de um forte tremor que sacudiu Jacarta, o oeste de Java e o sul de Sumatra.Soldados do Exército indonésio enviados ao balneário de Pangandaran, na região mais atingida pela catástrofe, encontraram uma paisagem de desolação.
Na falta de equipamento adequado, como escavadeiras, os militares escavam os escombros em busca de corpos com as próprias mãos.Centenas de policiais e voluntários civis se somaram a esta árdua tarefa. "Buscamos pessoas desaparecidas, que podem estar sepultadas sob os escombros", afirmou Deden Rajab, um oficial que comanda 27 homens na zona.Um forte tremor submarino de magnitude 7,7, segundo o Instituto Nacional de Geofísica Americana, causou na segunda-feira a tsunami que se originou no Oceano Índico, ao sul de Java.Desde então foram registradas mais de 50 réplicas sísmicas que mantêm a população em estado de pânico.
Notícias de um novo tremor, que teria alcançado entre 4,9 a 5,4 graus, fizerma milhares de habitantes se refugiarem nos pontos mais altos de Pangandaran.Um primeiro envio de ajuda humanitária começou a ser distribuído entre os sobreviventes. Dois caminhões do Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas, transportando 15 toneladas de mantimentos, conseguiram chegar a Pandangaran."Vamos tentar atender umas 20.000 pessoas durante esta semana", declarou à AFP o porta-voz do PAM, Barry Came.
Os caminhões do PAM partiram de Yogyakarta, na ilha de Java, onde a ONU está no comando de uma operação humanitária encarregada das vítimas do terremoto de 27 de maio passado, que deixou 5.800 mortos.Oito caminhões com água potável chegaram ao distrito de Cilacap.Foram instaladas três grandes barracas de campanha do exército e duas cantinas para atendimento dos feridos. Vários barcos infláveis buscam os desaparecidos.Também foram instaladas dez cozinhas móveis e um caminhão com remédios foi enviado pela esposa do presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono.
(AFP, 19/07/2006)
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