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2006-07-19
Empresários do setor florestal elogiaram o programa adotado pelo Governo do Paraná que vai introduzir cultivos florestais nas pequenas e médias propriedades. De acordo com as diretrizes defendidas no Programa, a produção florestal pode ser ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável.

O secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, que reuniu-se com os empresários na tarde de segunda-feira (17/7), disse que a implantação de sistemas de produção vai considerar, simultaneamente, o ecológico, o social e o econômico. “E isso pode ser conseguido por meio dos trabalhos desenvolvidos pela Secretaria da Agricultura, junto aos produtores e às indústrias”.

Eles também apoiaram a transferência da pasta de produção florestal da Secretaria do Meio Ambiente para a da Agricultura e defenderam a importância do Programa Florestal Produtivo do Estado do Paraná.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Álvaro Luiz Scheffer, destacou a importância do setor florestal para a economia paranaense. “O setor gera muitos postos de trabalho, utiliza mão-de-obra disponível, o que evita o êxodo rural, e garante uma riqueza futura, que pode ser a base para a instalação de novas indústrias”, disse.

O secretário da Agricultura ressaltou a necessidade de investir na produção florestal nas regiões que possuem poucas alternativas econômicas. “Essas regiões poderiam compor uma nova matriz de abastecimento de produtos de origem florestal”, informou.

Para Scheffer, há regiões do Estado que também apresentam um tipo de relevo que dificulta o desenvolvimento de outras atividades agrícolas. “É interessante que essas mesmas regiões têm potencial para as florestas. Por isso, é importante criar condições para sejam produtivas nesse segmento. Vemos com bons olhos esse entendimento de que o setor é altamente produtivo”, comentou.

Na reunião, ficou clara a posição da Secretaria da Agricultura na defesa de um novo modelo de expansão da base florestal. “São cultivos florestais divididos num um grande número de propriedades rurais”, disse Ribas. Segundo o secretário, para inserção de uma área florestal produtiva às atividades que os produtores rurais já conduzem, será necessária a criação de incentivos a esses produtores.

Para o chefe da Divisão de Cultivos Florestais da Secretaria, Amauri Ferreira Pinto, os incentivos aos produtores viriam por meio da capacitação, assistência técnica e organização deles, além do crédito rural específico. “Com certeza, esses incentivos fariam com que esse segmento crescesse ainda mais. É válido lembrar que a madeira, juntamente com seus derivados, representa o segundo item nas exportações do Estado. E temos potencial para crescer ainda mais”.

Produção
O Paraná responde por 40% da exportação nacional de madeira plantada e possui o maior pólo moveleiro do País, situado no município de Arapongas. Apesar das condições naturais que favorecem a produção, há um déficit anual de aproximadamente 53 mil hectares de florestas para atender a demanda no Estado.

A produção de madeira é responsável por 7,3% do Valor Bruto da Produção (VBP) do Paraná, que chega a R$ 2,8 bilhões. A atividade gera cerca de 360 mil postos de trabalho na cadeia produtiva. Atualmente, a área florestal plantada no Estado está estimada em 620 mil hectares.
(Informações do Governo do Paraná, 18/07/2006)
http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=22277

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