Os projetos brasileiros são destaque da carteira do MGM Carbon Portfolio, fundo de investimentos em projetos geradores de
créditos de carbono lançado em abril. Segundo Marco Monroy, sócio da MGM International, empresa norte-americana que
administra o fundo, os projetos brasileiros representam cerca de 15% a 20% da carteira. "Temos investimentos em vários
projetos ao redor do mundo, na América Latina, África e Ásia", diz.
Segundo Monroy, a equipe do fundo está analisando mais de 50 projetos nestes países e, no Brasil, está particularmente
interessada em projetos de aterros sanitários e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH).
A estimativa é de que o MGM Carbon Portfolio movimente de € 400 milhões a € 500 milhões até 2012 em negociações com
créditos de carbono. O fundo, que opera com créditos de carbono gerados por projetos de Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL), pretende agregar entre 30 milhões e 40 milhões de certificados até 2012, quando se encerra o primeiro período
de comprometimento para reduções de emissões sob o Protocolo de Kyoto - acordo internacional para reduzir emissões de
gases de efeito estufa.
"Temos cerca de cinco ou seis compradores de créditos de carbono entre as principais empresas de energia da Europa e do
Japão", diz. Monroy explica que o risco está distribuído em vários países e em várias tecnologias o que, para o comprador,
significa uma garantia adicional quanto à entrega. Por causa desta garantia, o vendedor consegue um preço melhor do que na
venda direta.
(Por Denise Juliani,
Gazeta Mercantil, 18/07/2006)