Mundo marinho explorado por alunos em Novo Hamburgo
2006-07-18
O s 133 quilômetros que separam o Vale do Sinos do Oceano Atlântico não servem de justificativa para manter a fauna marinha longe de Novo Hamburgo. Peixes, crustáceos e répteis que vivem no mar, ontem (18/07), vieram parar no Colégio Marista Pio XII, de Novo Hamburgo. Soa com estranheza, mas é o acervo do Museu Itinerante Marinho que atracou na cidade, com a meta de conscientizar os estudantes sobre a ecologia e os cuidados necessários com o mundo aquático, além de despertar a curiosidade pelo mundo da ciência e da biologia.
O museu é resultado de uma idéia de levar para fora de casa um acervo pessoal de mais de 20 anos, formado pelo casal Vicente Mario Castillo — quando trabalhava como tratador de animais marinhos — e pela ex-analista de sistemas Deborah Beckel, hoje residentes em Cachoeirinha, no Vale do Gravataí. Com uso da taxidermia — técnica conhecida popularmente como empalhamento, onde as vísceras dão lugar à serragem e pó de madeira —, os exemplares mantêm-se conservados.
Hoje é o último dia da mostra, que ocorre nos turnos da manhã e da tarde na Sala de Multi-uso 1 do colégio. “Com essa iniciativa, queremos oportunizar aos alunos um pouco mais de conhecimento sobre a vida marinha, suas particularidades e curiosidades, além de despertar neles a consciência ecológica e também comemorar o final do semestre letivo”, aponta a coordenadora pedagógica do Pio XII, Kátia Antoniolli.
Nas crianças, era impossível não notar o olhar instigado enquanto Deborah orientava a turma para mais uma visitação ao museu. “Hoje em dia tudo que é passado para as crianças é extremamente virtual. A necessidade de tocar nos objetos é uma linguagem insubstituível”, conta Deborah. Logo depois de uma breve explicação, os pequenos foram liberados para ver de perto o acervo. Aí, a curiosidade infantil ditava os rumos. Cabeças e mandíbulas de tubarão, tartarugas, piranhas e cavalos-marinhos eram os preferidos. “Eu estou gostando de ver os peixes, a estrela-do-mar. Mas gostei mesmo foi da boca do tubarão”, brinca a estudante Amanda Bezerra, 6 anos. “Também gostei do tubarão”, completa o seu colega, João Gabriel Griza, 6. “Ver o sorriso estampado no rosto delas e o gosto de estarem aprendendo é muito gratificante”, comemora o ex-tratador de animais marinhos Castillo.
(Jornal NH, 18/07/2006)
http://www.sinos.net/jornalnh/