Diretor-presidente da Corsan diz que nova estação de bombeamento de Santa Maria ficará pronta até o final de julho
2006-07-17
Choveu no dia em que o presidente da Companhia Riograndense de
Saneamento (Corsan), Telmo Kirst, visitou Santa Maria. Em circunstâncias
normais, este fato passaria despercebido. Isso se não fizesse quase três
semanas que não chovia e se a intenção inicial da visita não fosse
justamente a de conferir o andamento das obras de uma estação de
bombeamento (recalque) na localidade de Scrimin, que deve ficar pronta no
final deste mês, segundo prognósticos da estatal. A obra deve amenizar
os problemas de abastecimento sentidos pela cidade.
A intenção de Kirst foi frustrada pela chuva, que piorou o estado da
estrada de acesso à obra e por outros compromissos que surgiram. O
compromisso na cidade consistiu basicamente na reapresentação dos dados
referentes aos investimentos de curto, médio e longo prazo que a Corsan
está realizando em Santa Maria, os quais totalizam R$ 13 milhões.
O recalque aumentaria em 100 litros por segundo a capacidade de
bombeamento da barragem de Val de Serra. Na ocasião, também foi anunciada
para o próximo dia 20 o julgamento da licitação aberta para a compra dos
tubos da primeira parte da obra da nova adutora de Val de Serra. Depois
do final desta licitação, será aberta concorrência para a definição da
empreiteira que irá realizar a obra.
A nova adutora, de 80 centímetros de diâmtro, terá 20 quilômetros de
comprimento, ligando a barragem Saturnino de Brito - que está ligada à
de Val de Serra - e a Estação de Tratamento de Água. A obra foi dividida
em duas partes. A primeira, de sete quilômetros, que deve ficar pronta em
um ano, resolveria até 2015 os problemas de abastecimento, enquanto que
a segunda, de acordo com Kirst, o resolveria definitivamente.
A canalização da primeira parte vai custar R$ 7,5 milhões e o valor pago
à empreiteira que realizará a obra será de aproximadamente R$ 940 mil.
A primeira parte aumentaria em 1.034 litros por segundo a capacidade de
bombeamento nas barragens da Corsan, que hoje é de 900. Com a segunda
parte da obra, esse índice aumentaria para 1,2 mil litros por segundo.
A barragem do DNOS encontrava-se ontem 8,94 metros abaixo do vertedor,
o seu ponto mais alto. Conforme o Departamento de Meteorologia da Base
Aérea de Santa Maria, até as 19h45 de sexta-feira (14/07) tinham chovido 19,6
milímetros.
(Jornal A Razão, 15/07/2006)
http://www.arazao.com.br/noticias.php?cod=1924