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2006-07-17
Uma pesquisa com 590 pessoas que sofrem de asma e rinite e que convivem com a inalação de poeira de soja mostrou que 5% têm as alergias respiratórias desencadeadas somente por essa poluição. A conclusão é do médico Rodolpho José de Carvalho Pinto, em seu doutorado, defendido na Faculdade de Medicina (FM) da USP. "Esses 5% poderiam não ter essas alergias com tratamento e prevenção adequados", explica o médico.

A pesquisa teve a orientação do professor Júlio Croce, da FM, e procurou avaliar a sensibilização causada pela poeira de soja em pessoas com asma e rinite alérgica, ou seja, quantas pessoas tinham as crises alérgicas desencadeadas pela poeira do grão.

"Analisamos 340 pessoas no meio rural e 250 no meio urbano, que fizeram testes alérgicos e coleta de sangue", conta o médico. Os voluntários foram selecionados em quatro cidades: Iporá, Montividiu e Bom Jesus (rodeadas por plantações do grão, em Goiás), e Mairinque, cidade do interior de São Paulo onde está instalada a refinaria de óleo de soja da Cargill. "A poeira desse grão é composta de muitas proteínas", explica o médico. "Ela fica debaixo da casca, sendo dissipada com a manipulação e armazenamento. Nessas cidades com lavouras e fábricas que lidam com a soja, a sensibilização é maior."

Sensibilização
Os resultados indicaram que 22% das pessoas do meio urbano com asma e rinite apresentaram teste alérgico positivo à poeira de soja. No meio rural, o número foi de 28%.

Em outra análise, feita na cidade de Mairinque, as pessoas que moravam mais próximas à fábrica da Cargill mostraram-se mais sensibilizadas em relação às que moravam distantes do local. Apesar disso, os cerca de 100 caminhoneiros analisados, que trabalham para essa indústria no transporte da soja, apresentaram a mesma taxa do meio urbano (22%).

Esse valor caiu para 15% em cerca de 70 funcionários da fábrica. "A porcentagem mais baixa de sensibilização pela poeira de soja, apesar do maior contato com o grão por parte dos trabalhadores, talvez seja devida aos equipamentos de proteção e ao fato de o grão estar cozido, diminuindo a quantidade de poeira e inativando as substâncias alergênicas" esclarece o médico.

Os resultados mais altos foram encontrados na cidade de Bom Jesus, em Goiás. Para o pesquisador, a taxa de 33% de sensibilização pode acontecer pela maior concentração do material na atmosfera, devido aos muitos anos de lavoura na região. "Quanto maior o tempo e a quantidade de exposição à poeira de soja, maiores são os sintomas e a sensibilização", explica.

O médico ressalta que quando começou a pesquisa, há quatro anos, ainda não havia lavoura de soja transgênica no Brasil. "A soja transgênica possui alterações nas proteínas que a constituem e que são responsáveis pela sensibilização. Não se sabe até que ponto a alteração em seu espectro protéico pode modificar ou até aumentar esse efeito."

Responsabilidade Social
O pesquisador pretende voltar às cidades analisadas, para fornecer aos voluntários os resultados dos testes alérgicos e informações. E também dar assistência específica, principalmente aos 5% que têm asma somente pela inalação de poeira de soja. "Além de ter uma responsabilidade social com essas pessoas, é possível que, por meio de outras análises, a pesquisa possa ter continuidade" conclui.
(Por Juliana Cardilli, Agência USP, 14/07/2006)
http://www.usp.br/agenciausp/repgs/2006/pags/120.htm

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