O prefeito José Fogaça sancionou ontem a lei que restringe o fumo
em recintos fechados de uso público da Capital. De autoria do vereador
João Carlos Nedel (PP), a norma proíbe o uso de cigarros, cachimbos,
cigarrilhas e charutos em espaços coletivos, tais como locais de trabalho,
bares, restaurantes, casas de espetáculo e estabelecimentos similares.
A lei passa a vigorar hoje, quando será publicada no Diário Oficial do
Município. Conforme o texto, a norma não se aplica a áreas destinadas
exclusivamente para fumantes, desde que devidamente isoladas e com
arejamento conveniente. No caso de descumprimento da determinação, os
responsáveis pelos estabelecimentos estarão sujeitos a multas de
R$ 414,38, suspensão do alvará de localização e do exercício das
atividades por 30 dias ou cancelamento definitivo do alvará de
funcionamento.
A fiscalização será feita pela Secretaria Municipal da Produção,
Indústria e Comércio (Smic), desde que acionada por clientes perturbados
com o fumo. O titular da secretaria, Idenir Cecchim, promete ação.
- Não vamos dizer que é mais uma lei para não ser cumprida, vamos
cumpri-la. Mas queremos orientar primeiro, não sair multando - afirmou.
Projeto original previa fim do tagabismo nos recintos
Se depender do vereador Nedel, o usuário também deverá ser penalizado.
Ele pretende encaminhar uma nova proposta na Câmara prevendo punição
para quem fumar em estabelecimentos que informarem, por meio de placa
visível, que é proibido fumar. Uma emenda com essa idéia não foi aprovada
anteriormente.
- Esse projeto foi discutido mais a fundo e foi consenso de que era duro
demais com os responsáveis pelos locais. Minha intenção é, primeiro,
advertir o fumante irregular e, se ele reincidir, multá-lo - diz Nedel.
No texto original, Nedel propunha o fim do tabagismo no interior de
ambientes. Uma emenda do vereador Ibsen Pinheiro (PMDB) ressalvou os
estabelecimentos onde há uma área exclusiva para o fumo, isolada e
arejada.
Com as definições em parceria com a prefeitura, Nedel deve ingressar
com um pedido de urgência na Câmara no começo de agosto.
(
Zero Hora, 14/07/2006)