Até o final do ano, o Ministério de Minas e Energia quer definir um planejamento estratégico para o setor energético para os próximos 25 anos. É o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030), que servirá para orientar investimentos e ações no setor para as próximas décadas. Até lá, o ministério prove seminários para aprofundar o debate sobre o tema.
No seminário de ontem (13/7), Eficiência Energética na Expansão da Oferta de Energia, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, lembrou que os grandes países e todas as potências mundiais têm planos estratégicos de longo prazo para o setor energético.
“Nós no Brasil estamos fazendo um plano até 2030, no qual vamos tentar traçar qual é a demanda de energia, os derivado e todas as fontes e quais tecnologias e fontes que deverão atender a essa demanda”, disse.
Tolmasquim alertou que em 40 anos a maioria das reservas mundiais de petróleo estará esgotada. “No caso do petróleo, esse estudo tem uma importância muito grande, dado que o petróleo é o principal energético em nível mundial e para o Brasil também, e existe toda uma questão geopolítica sobre ele. Portanto, esse estudo é muito importante para estabelecer o marco energético no país”, afirmou.
Para o presidente da EPE, o biodiesel pode desempenhar uma função estratégica para independência brasileira na questão de combustíveis. “Hoje, o grande gargalo do Brasil é a questão do diesel. No caso da gasolina, com a utilização do álcool, nós conseguimos diminuir bastante sua demanda no mercado interno, havendo portanto até a necessidade de exportar o excedente de gasolina”, explicou.
Até o final do ano, o Mistério de Minas e Energias pretende realizar mais seis seminários para discutir a elaboração do PNE 2030.
(Por Ivan Richard,
Agência Brasil, 13/07/2006)