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2006-07-13
A possível instalação do Autódromo Internacional de Passo Fundo em uma área próximo ao Parque da Efrica está dividindo opiniões. De um lado os ecologistas afirmam que o local traria danos ambientais irreparáveis por estar próximo à nascentes do arroio Miranda e do Rio Passo Fundo. De outro, técnicos, empreendedores e o Poder Público, garantem que o impacto aconteceria em qualquer local onde a instalação ocorresse e que a área escolhida é viável por já possuir infra-estrutura no seu entorno. Os empreendedores, que pretendem instalar o autódromo, encaminharam na última semana, a primeira providência exigida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), buscando a licença prévia. No total são três licenças para que o empreendimento seja efetivado: a prévia, licença de instalação e a de operação. Neste primeiro documento está contemplado o pedido de instalação e as razões pelas quais ela deve ocorrer, além de análises técnicas que apontam a viabilidade do projeto. O encaminhamento foi possível graças a aprovação do projeto pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente, ocorrida no dia 4 de julho.

Grupos ecológicos
O integrante do Grupo Ecológico Guardiões da Vida, Clóvis Alves, conta que o grupo está insatisfeito com a aprovação. Clóvis afirmou que na reunião, o direito ao contraponto foi negado às entidades ambientalistas, o que trouxe indignação. “Além disso, não houve formação de uma comissão técnica que avaliasse a proposta do autódromo naquela área”, disse. Paulo Fernando Cornélio, do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas, disse que as organizações estão trabalhando nesta questão não são contrárias à instalação do autódromo, mas questionam a área pretendida. “Estamos buscando demonstrar que este local, é técnica e cientificamente inadequado, por sua riqueza ambiental. Além disso, nos colocamos à disposição e apresentamos ao prefeito um grupo de trabalho formado por diversos segmentos que pretendem apontar um outro local para o empreendimento. As entidades continuarão lutando para que o local seja considerado área de preservação permanente e reserva ambiental, para que o abastecimento público de Passo Fundo na atual e nas próximas gerações não seja prejudicado”, disse. Os ambientalistas acrescentam que a área possui grande fragilidade hidrológica, o que no futuro pode influenciar na quantidade e qualidade da água que abastece a cidade. Paulo Fernando destaca também que se o empreendimento for construído, não haverá como impedir o processo de urbanização no entorno nas nascentes, o que causaria danos irreparáveis às nascentes.

Projeto é legal
O responsável técnico do empreendimento, o geólogo, especialista em técnica ambiental e mestre em ecologia ambiental, Luiz Paulo Fragomeni, afirma que a instalação é ambientalmente legalmente e correta. “No Brasil temos uma das legislações mais rígidas do mundo em relação ao meio ambiente, que exige inúmeras regulações antes de qualquer início de obras. A construção do autódromo está de acordo com esta lei e com as exigências de órgãos ambientais, como Conama, código florestal, Consema”, ressaltou. Segundo ele, a localização é adequada porque irá aproveitar uma infra-estrutura existente, como o Parque da Efrica e o prédio da Ceasa, que está sendo depredado. “Se ele for instalado em qualquer outro local vai ter que implantar uma infra-estrutura semelhante. Se colocar em outra bacia hidrográfica também terá impacto sobre as populações que vivem abaixo e se abastecem daquelas águas”, disse. Ele afirma que a obra não trará dano ambiental, é ambientalmente correta, principalmente pela situação privilegiada. Luiz Paulo diz que a instalação proporcionará maior qualidade à área. “Com o empreendimento, além de respeitar os limites de, no mínimo, 50m das nascentes e banhados, que são de preservação permanente, será feita reconstituição vegetal, com plantação de árvores nativas e tratamento de fluentes, o que irá proporcionar ganho ambiental”, disse.

Poder Público
A secretária municipal do meio ambiente e presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente, Tânia Cogo, acredita que a obra é importante para o desenvolvimento de Passo Fundo, pela geração de emprego e renda. “A Associação Pró-autódromo terá que fazer tudo que a Fepam exige para que o meio ambiente seja preservado. Os prejuízos ambientais serão ressarcidos. Acreditamos que se ele fosse instalado em outro local causaria ainda mais danos”, disse a secretária. Ela explicou que a Fepam solicitou apenas manifestação do poder público e entidades sobre o projeto e nenhum estudo de impacto ambiental. “Teremos que seguir as normas para que tudo aconteça sem prejuízos à comunidade. Temos ciência que os ecologistas não são contra o empreendimento, são apenas contrários ao local, é apenas uma divergência de idéias”, destacou.

A área pretendida para o autódromo está localizada ao lado do Parque da Efrica, num total de 42 hectares e abrange as duas principais nascentes que abastecem a população de Passo Fundo, estando há 700 m da barragem da Corsan.

Pró-autódromo
O presidente da Associação Pró-autódromo, Hugo Vargas Filho, destaca que a aprovação do projeto pelo Conselho do Meio Ambiente gerou grande expectativa. “Tivemos aprovação dentro do fórum adequado, que é o Conselho do Meio Ambiente, que possui múltiplos segmentos representados e está mais próximo à realidade ambiental da cidade. Acreditamos que haverá grande análise por parte da Fepam e esperamos um parecer favorável ao empreendimento”, salientou. Ele afirma que a legislação do meio ambiente será seguida rigidamente para a realização da obra, que é considerada de porte médio.
( Diário da Manhã, 12/07/2006)

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