(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-07-13
Um grupo de trabalho composto por lideranças políticas e representantes da Metade Sul do Estado será formado para agilizar a solução do impasse referente à instalação da Stora Enso na Fronteira Oeste. O encaminhamento da proposta ocorreu ontem (12/07), durante audiência pública realizada na Assembléia Legislativa gaúcha. Na ocasião estiveram reunidos prefeitos, vereadores e secretários dos municípios, além de empresários e pesquisadores.

Nos próximos dias, o grupo deverá se encontrar com representantes da multinacional, a fim de entender quais as dificuldades do processo de liberação das terras. Após essa discussão, será elaborado um documento que deverá guiar as próximas iniciativas do grupo. Durante a audiência, foi sugerida a criação de uma Medida Provisória para esse caso. A sugestão não foi descartada pelo presidente da Associação de Municípios da Fronteira Oeste (Amfro), Wainer Machado. Ele acredita que a medida pode ser necessária mas, primeiro, deve haver a conversa com os empresários da Stora Enso. “Queremos saber o que está impedindo esses investimentos. É preciso agilidade no processo”, pede.

A Stora Enso está impedida de dar início a seu projeto florestal na Fronteira Oeste em função da Lei da Faixa de Fronteira (nº 6.634/79), que exige autorização do Conselho de Defesa Nacional (CDN) para que empresas de capital estrangeiro adquiram terras a menos de 150 quilômetros de distância de outros países. As terras compradas pela empresa estão dentro desse limite, o que impede a escrituração de aquisições e o início dos plantios.

Ontem mesmo, o diretor florestal da empresa na América Latina, João Borges, esteve em Brasília discutindo a questão com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Silvicultura é vista como alternativa para a Metade Sul

As lideranças da região aproveitaram para mostrar o posicionamento favorável aos projetos florestais. O prefeito de Manoel Viana, Jorge Gustavo, lamentou a situação “miserável” e “sem perspectivas” dos municípios, fazendo um apelo para que se tomem providências.

A vice-prefeita de Cacequi, Mariângela Mendonça, pediu sensibilização para a situação dos habitantes da Metade Sul, dizendo que a silvicultura é a alternativa mais viável de desenvolvimento hoje. “Vivemos a crise de quem produz o grão, o que faz com que nossa região fique empobrecida. O florestamento é uma lavoura. Se temos soja, trigo e outras culturas, por que não podemos ter um pólo florestal?”, questiona.

A questão ambiental também veio à tona. O prefeito de Manoel Viana trouxe à discussão a possibilidade da atividade silvícola frear o avanço da arenização. Para ele, a única forma de salvar o bioma pampa é com a implantação de uma base florestal. Ao mesmo tempo, criticou os ambientalistas que condenam a atividade no pampa, perguntando qual a origem dos movimentos. “Essas pessoas que dizem que a floresta vai liquidar com o pampa não sabem o que dizem. Vai acontecer o contrário.”

Em meio a atitudes de apoio à Stora Enso, o advogado Caio Lustosa manteve uma postura diferente. De acordo com o ex-vereador e ex-secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre, é preciso repensar o tipo de desenvolvimento que está sendo pregado no Estado. O modelo baseado nas monoculturas seria o responsável pelo Estado vir “patinando” há décadas. Também rebateu os argumentos de que a silviculturas teriam impacto ambiental positivo sobre o pampa. “Basta um dado sobre a questão ambiental. Quando houver florestas, a precipitação pluviométrica na Metade Sul vai ser três vezes menor.” Por fim, devolveu a desconfiança levantada sobre as ONGs ecológicas. “Seria indelicado perguntar de onde vem o financiamento de quem defende”, dispara.
(Por Patrícia Benvenuti, Ambiente Já, 12/07/2006)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -