Ambientalistas defendem controles do Ibama ao turismo de observação das baleias
2006-07-13
Uma campanha das ONGs ambientalistas está sendo organizada para
defender a manutenção da Instrução Normativa 102, do Ibama que
determina restrições parciais ao turismo embarcado de observação de
baleias francas na costa de Santa Catarina.
A medida do Ibama, que está sendo combatida por duas prefeituras
catarinenses (Imbituba e Garopaba) e por uma das empresas que opera o
turismo embarcado na região, determina o fechamento de algumas
enseadas na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca ao turismo
embarcado. Ao todo, a medida atinge apenas 0,3% da área da APA (que é
de 156.100 hectares ao todo) e cerca de 13 dos 117 Km de costa
abrangidos pela mesma.
"A reação contrária à medida é despropositada e é baseada,
principalmente, em uma campanha deliberada de desinformação", diz o
Presidente da Coalizão Internacional da Vida Silvestre, José Truda
Palazzo Jr., que através do Projeto Baleia Franca defendeu junto ao
Ibama a adoção das novas normas. "Estamos assistindo a um único
operador turístico mobilizar seus contatos políticos para derrubar uma
medida preventiva de proteção das baleias e isso é inadmissível",
acrescenta. Truda assegura que as áreas sob restrição não inviabilizam
a continuidade do turismo embarcado, mas reservam alguns espaços para
que as fêmeas e filhotes de baleia franca possam estar a salvo de
perturbações.
Entidades ambientalistas do Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e outros
países estão se manifestando ao Presidente do Ibama e à Ministra do
Meio Ambiente, Marina Silva, para evitar que a medida seja revogada
pela pressão dos políticos catarinenses.
(Informações do Projeto Baleia Franca -
Palavra Comunicação, 12/07/2006)
http://www.ecoagencia.com.br/index.php?option=content&task=view&id=1709&Itemid=2