No fim da manhã de segunda-feira (10/07), dez dias após a prefeitura
anunciar a implantação de uma estação de tratamento de esgoto sanitário
no município, cinco técnicos da Companhia Riograndense de Saneamento
(Corsan), de Porto Alegre, estiveram na cidade para vistoriar a área que
vai abrigar a estrutura. A análise técnica feita pelo grupo vai auxiliar
na preparação e elaboração da obra, que deve ser concluída em até 60 dias.
Após, será aberto o prazo para a licitação que vai autorizar o início da
construção da estação e canalização, com duração de um ano.
A prefeita Carmen Regina Cardoso; o vice Sedinei Zen; e os secretários de
Meio Ambiente, Simone Lopes; de Obras e Serviços Urbanos, Mozart Lopes; e
de Assuntos Extraordinários, Isidoro Fornari; acompanharam o grupo até o
Bairro Moinhos. "Iniciar o saneamento básico para melhorar a qualidade de
vida é um compromisso assumido com a comunidade", salienta Carmen Regina.
O investimento é de R$ 1.375.600,00, valor que pode ser alterado conforme
o projeto. "Esse custo pode aumentar ou diminuir, dependendo do que for
preciso. Estávamos prevendo um gasto com a estação elevatória, por
exemplo, mas pelo jeito não será necessário", revela Zen.
A primeira miniestação da cidade, com formato pioneiro no Estado, vai ser
construída em uma área que fica na Rua Dominicus Jacob Mallmann, entre as
avenidas Castelo Branco e Sete de Setembro. A iniciativa irá atingir em
torno de 500 residências, o que corresponde a 1,7 mil pessoas moradoras
do bairro, até a Avenida Sete de Setembro e a Rua Carlos Shpor Filho, bem
como as imediações da Avenida Castelo Branco. "O topógrafo que fará a
radiogradia do local deve permanecer em Lajeado durante toda a semana. Do
trabalho dele, saberemos limitar exatamente a área beneficiada", diz o
gerente da Corsan local, Paulo Ricardo Maria da Silva.
Após a implantação dessa primeira estação, a intenção da prefeitura, de
acordo como o vice-prefeito, Sedinei Zen, vai ser implantar o sistema em
todo o município. No total vão ser de 20 a 22 pequenas estações. "Até o
fim da nossa gestão, no fim de 2008, queremos ter instalado pelo menos
mais duas", avisa o vice-prefeito, não sabendo adiantar os locais das
próximas obras.
Área adequada
O engenheiro da Corsan de Porto Alegre, Carlos Machado, também responsável
pela área de projetos, diz que são necessários em torno de dois mil metros
quadrados para a implantação da estação. Esse espaço precisa estar a 30
metros de distância do Arroio Encantado e a 15 de residências. A obra será
construída no subsolo, como é o caso de toda a tubulação necessária para
a coleta dos resíduos, enquanto a estação de coleta e de tratamento vai
ter apenas uma pequena elevação acima do solo, com tampas que vão permitir
as verificações necessárias. A secretária do Meio Ambiente, Simone
Schneider, diz que a instalação do sistema será uma maneira de se
recuperar o Arroio Encantado, que passa pelo Parque Municipal Professor
Theobaldo Dick e desemboca no Rio Taquari. "Os resíduos caem diretamente
no meio ambiente, provocando mau cheiro e poluição."
(Por Sâmia Frantz,
O Informativo , 11/07/2006)