Um ano depois do seu lançamento, o programa Poupança Florestal atinge o plantio de 1.994 hectares em 27 municípios da região de Pelotas e Bagé. A atividade envolve 72 agricultores familiares e 32 assentados e outros 104 projetos esperam aprovação no Banco Real. A expectativa até o final do ano é de chegar à área plantada de 5.160 hectares e envolver 220 produtores.

A viabilização do programa se dá a partir de parceria estabelecida entre produtor rural, Emater/RS Ascar, Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Banco Real. A capacitação dos produtores é responsabilidade da Emater, que presta, ainda, assistência técnica e elabora os projetos de crédito.

Os cursos são coordenados pelo engenheiro agrônomo da Emater Fernando Alves e realizados no Centro de Treinamento de Canguçu (Cetac). Com início no segundo semestre do ano passado, já qualificaram 270 pessoas, entre produtores rurais e técnicos agrícolas. O primeiro curso foi destinado exclusivamente aos técnicos extensionistas da Emater, que avaliaram o conteúdo e a forma de apresentação e inseriram sugestões para o melhor aprendizado. Com isso, foi dado o primeiro passo para o início dos treinamentos, que em 2005 chegaram a nove no total e qualificação de 160 produtores de 27 municípios das regiões de Pelotas e Bagé.

Em 2006, além de dois encontros técnicos, foram realizados oito cursos com 110 participantes. Até o final do ano, estão previstos mais 18 cursos. A meta é treinar cada um dos produtores que ingressar no Poupança Florestal.

A qualificação é o grande diferencial do programa. Nos cursos são abordados desde conhecimentos básicos e solos, água e legislação, com subsídios ao planejamento da propriedade, até a execução das atividades de implantação florestal a campo. Nas 30 horas aula de cada curso, 50% são dedicadas à atividade prática.

Ao concluir o curso, o produtor está capacitado para executar a implantação do seu projeto e ele se torna responsável pela adequada aplicação do recurso, que garanta floresta plantada de alta produtividade. O extensionista presta assistência técnica permanente na propriedade, com pelo menos seis visitas técnicas programadas do primeiro ao quarto ano da floresta.
(Diário Popular, 11/07/2006)
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