Filial AmBev de Cuiabá recicla 98% dos resíduos sólidos
2006-07-11
A filial AmBev de Cuiabá ajudou a elevar o índice médio de 97% de reciclagem de resíduos de todas as fábricas da companhia no Brasil e nos outros países da América Latina. Em 2005, a unidade cuiabana atingiu um índice superior a 98% de reaproveitamento de resíduos, resultado atribuído à eficiência do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da empresa, que desde 1997 aplica tecnologias, processos e insumos para diminuir a emissão de poluentes e o consumo de recursos durante a produção.
Para atingir os altos índices de reciclagem, a companhia trata os materiais descartáveis como subprodutos e os reutiliza em outros processos. É o ocorre com o fermento e o bagaço de malte, por exemplo. Esses resíduos são empregados como fonte de proteína em ração animal e o fermento especificamente também é usado no preparo de sopas e caldos. Com o reaproveitamento dos subprodutos, a AmBev faturou no ano passado cerca de R$ 51 milhões, valor 23% superior ao registrado em 2004.
A companhia também tem a preocupação de acompanhar o trabalho dos seus parceiros. Todas as empresas que de alguma forma lidam com os subprodutos que saem das fábricas da AmBev, além de serem licenciadas, são auditadas periodicamente para avaliação de sua performance financeira. A quantidade de material manipulada por essas empresas é significativa. Para se ter uma idéia, todo bagaço de malte gerado pela companhia no ano passado seria suficiente para alimentar, ao longo de um mês, 2,6 milhões de cabeças de gado, responsáveis pela produção de 49 milhões de litros de leite por dia.
Já a produção de fermento em 2005 foi de 150 mil toneladas. Para aprimorar a qualidade deste subproduto e aumentar o seu valor agregado, algumas fábricas da AmBev – Rio de Janeiro (RJ), Agudos (SP), Juatuba (MG), Cuiabá (MT), Brasília (DF) e Manaus (AM) – possuem um secador de fermento. Juntos, eles têm capacidade para produzir 4,1 mil toneladas de fermento seco por ano.
Subprodutos não-orgânicos
Assim como os subprodutos orgânicos, os resíduos de embalagens – como lata, PET e caco de vidro, originários do processo de produção – são 100% reaproveitados. Eles seguem para reciclagem na própria cadeia produtiva. A polpa dos rótulos, derivada da limpeza das garrafas, também tem destino certo - e não se trata do lixo, obviamente. O material é transformado numa massa prensada, utilizada como matéria-prima em fábricas de papel e papelão.
A companhia também faz uso da água separada da polpa dos rótulos. Formada por produtos alcalinos, ela é usada para neutralizar efluentes nas 37 estações de tratamento localizadas nas fábricas. As estações têm capacidade para tratar 200 mil m3 de efluentes por dia, o equivalente à estação de tratamento do Estado de Goiás, com 4,5 milhões de habitantes.
Reciclagem pós-consumo
A AmBev também tem se engajado em diversas campanhas de reciclagem de latinhas e garrafas PET por todo o país. A empresa patrocina há mais de 10 anos a Recicloteca. Criada pela ONG Ecomarapendi, a entidade é um dos maiores centros de informações sobre reciclagem e meio ambiente da América Latina e tornou-se uma referência nacional sobre o assunto.
(Diário de Cuiabá, 10/07/2006)
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=259677