O excesso de pombos, principalmente nos centros das cidades, pode trazer danos à saúde, como infecções bacterianas agudas e micoses profundas. Segundo a bióloga da equipe de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Maria Inês Bello, ninhos em telhados e forros, ou fezes nas janelas, precisam ser removidos com cuidado.
"A limpeza deve ser feita com material adequado, máscaras, óculos e luvas. Produtos umidificantes, como desinfetantes, também são usados para evitar que partículas de fezes fiquem no ar", disse.
No Centro da Capital, a concentração dos pombos se deve à facilidade de encontrarem alimento e abrigo, e também devido aos graneleiros do porto. Apesar de preferirem grãos e sementes, as aves se alimentam de restos de comida, pão e lixo. "A população não deve dar comida, pois eles acham alimento na natureza. Restos atraem ratos e baratas", explicou.
Maria Inês ressaltou que a contaminação com fezes de pombos produz sintomas parecidos com os de outras doenças, resultando em dificuldades respiratórias e manchas na pele.
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Correio do Povo, 09/07/2006)