Três seminários com programações diferenciadas ocorrerão esta
semana, no Brasil, para a promoção da energia solar. Na segunda, 10,
será a vez de Gramado e Canela promoverem o evento (que será em
Gramado); na terça, a vez de Porto Alegre; e na quinta-feira,
Florianópolis.
Em junho, foi lançado o site
www.cidadessolares.org.br , núcleo da rede
Cidades Solares e que possibilitará a troca de experiências locais,
trazendo também exemplos de políticas municipais de incentivo ao uso
de fontes sustentáveis de energia, discussões de boas práticas
municipais e notícias da área em todo o mundo.
A iniciativa Cidades Solares tem como objetivo criar uma legislação
municipal que incentive o uso de aquecedores solares em substituição
a chuveiros ou aquecedores elétricos ou a gás. O país tem um alto
nível de insolação em todo seu território e recebe do Sol uma
quantidade de energia várias vezes maior que seu consumo de
eletricidade, mas utiliza-se muito pouco desta. “Com isto
pretendemos criar condições para que a sociedade brasileira tome
partido das vantagens sociais e ambientais da tecnologia solar”,
ressaltou Délcio Rodrigues, físico e Pesquisador Associado do
Instituto Vitae Civilis.
A iniciativa pretende criar condições para que a sociedade
brasileira tome partido das vantagens sociais e ambientais da
tecnologia solar por meio de uma rede de promoção do uso da energia
solar para diminuir consumo de energia nos lares brasileiros que
hoje gastam mais de 6% de toda eletricidade gerada no país só para
aquecer água.
A prefeitura de São Paulo já se motivou a apresentar à sua Câmara de
Vereadores um projeto de lei que obriga a instalação de coletores
solares em novas edificações. Outras cidades estão na fila para
receber o seminário: Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte, Campo
Grande, Rio de Janeiro e Salvador, com datas ainda a serem marcadas.
Outras várias cidades já manifestaram interesse em desenvolver e
participar da iniciativa como Poços de Caldas, Vitória, Joinville,
Araras, Uberaba, Bento Gonçalves, Campinas ,Atibaia e Santa Maria.
“Queremos criar uma rede de cidadãos, agentes governamentais,
fabricantes de equipamentos, financiadores e outros grupos sociais
que impulsione o uso da energia solar para o desenvolvimento
sustentável”, afirmou Carlos Faria, diretor executivo do DASOL-
Departamento Nacional de Aquecimento Solar da ABRAVA-Associação
Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e
Aquecimento (www.dasolabrava.org.br) uma das organizações
proponentes da iniciativa.
A tecnologia do aquecimento solar traz vantagens e convida a todos
os atores envolvidos para participar da iniciativa: os usuários se
beneficiam pela economia de 80% nos gastos com aquecimento de água,
os construtores se alinham com a tendência de oferecer edificações
eficientes na linha de prédios verdes, as prefeituras incentivam o
aumento da qualidade de vida de sua população sendo beneficiadas
ainda pelo grande número de empregos gerados e aumento da
arrecadação aos cofres municipais. As concessionárias de energia são
diretamente beneficiadas pela redução da demanda de energia no
horário de ponta reduzindo a pressão por investimentos cada vez
maiores na geração de energia.
Cidade Solar - Uma Cidade Solar é uma área urbana com
programas pró-ativos pelo aumento do número de sistemas solares
instalados nas edificações, que buscam aumentar a energia gerada por
fontes renováveis, sustentáveis e descentralizadas, reduzir as
emissões de carbono e as emissões de poluentes locais geradas por
estas edificações e reduzir a dependência das cidades de fontes de
energia externas. O conceito Cidade Solar é promovido por um grande
número de iniciativas em todo o mundo, que incluem incentivos
financeiros, legislações, diretrizes e normas para a promoção do uso
de tecnologias solares. A iniciativa Cidades Solares brasileira visa
promover antes de tudo o uso de aquecedores solares de água, já que,
no contexto brasileiro, esta forma de aproveitamento da energia
solar traz amplas vantagens socioambientais e pode ser implantada
imediatamente.
“O desafio da criação de Cidades Solares pode ser visto como uma
questão de sobrevivência da humanidade, já que é nas cidades que
hoje vive a vasta maioria da população brasileira e mundial e suprir
as necessidades de energia renovável e sustentável é um aspecto
crítico da tarefa de governos municipais, regionais e nacionais,
dadas as evidências crescentes de mudanças climáticas perigosas e a
perspectiva de escassez de fontes de energia convencionais”,
completou Rodrigues.
Veja a programação dos Seminários Cidades Solares:
Edição Gramado (10 de julho)
Edição Porto Alegre (11 de julho)
Edição Florianópolis (13 de julho)
(Informações do Vitae
Civilis, 08/07/2006)
http://www.ecoagencia.com.br/index.php?option=content&task=view&id=1
706&Itemid=2