O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) já realizou neste ano 46 incursões aéreas de fiscalização florestal com os novos equipamentos adquiridos para reduzir os índices de desmatamento no Paraná. Com o uso das aeronaves foi possível identificar 1,2 mil pontos de possíveis desmates irregulares em diversas regiões do Estado – que resultaram em multas no valor de R$ 2,8 milhões desde 2005.
Apenas no primeiro semestre de 2006 o IAP realizou 1,5 mil operações de fiscalizações florestais, sendo que no ano de 2005 os trabalhos de fiscalização chegaram a 2,8 mil incursões.
O valor das multas aplicadas por corte ilegal de madeira, apenas entre os meses de janeiro a maio deste ano, já chegou a R$ 10 milhões com 1,4 mil autos de infração lavrados. Neste período foram apreendidos 209 metros cúbicos de madeira nativa (como imbuia e araucária, por exemplo) e outros 84 de espécies exóticas (entre elas, pinus).
Em 2003 o número de multas aplicadas foi de 4,3 mil no valor de R$ 35 milhões; em 2004 foram 5,4 mil autos (que apreenderam 146,42 metros cúbicos de nativas e mais 199,80 de exóticas e geraram R$ 48 milhões em multas) e no ano de 2005 o número de autos foi de 4,1 mil, que resultou em 492,61 metros cúbicos de nativas e mais 130,17 metros cúbicos de exóticas apreendidas, além de R$ 31 milhões em multas aplicadas.
Como ação complementar ao monitoramento, o IAP vistoria áreas onde foram emitidas autorizações florestais nos últimos 24 meses.
– A idéia é avaliar o efetivo cumprimento e restrições impostas pelo IAP em caso de corte ou supressão de madeira – disse o diretor de Controle de Recursos Ambientais do IAP, Harry Luiz Teles.
Segundo ele, o monitoramento também abrange ações de vistoria em casos onde a autorização florestal não foi concedida, verificando se o requerente ou proprietário rural está respeitando o impedimento de corte determinado pelo IAP.
– Os profissionais que atuam em defesa do meio ambiente paranaense ainda contam com dois aviões motoplanadores, um avião skyline, dois helicópteros, barcos para fiscalização marítima, motos e veículos para realizar o trabalho de forma intensiva – completou Harry.
Foram investidos R$ 7 milhões na compra destes equipamentos.
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ClicRBS, 06/07/2006)