Presidente de federação agropecuária elogia mudança nos procedimentos para desmatar
2006-07-07
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (Fapea), Eurípedes Lins, avaliou como positiva a transferência de competências determinada pela Lei de Gestão de Florestas Públicas. A Lei 11.284, publicada em 2 de março, passou aos governos estaduais a responsabilidade por autorizar desmatamentos em áreas que não sejam da União (terras privadas e de domínio municipal ou estadual).
"Para nós foi bem melhor, porque o Ipaam é constituído de elementos daqui, que conhecem bem nossa realidade", disse Lins. "A gente espera que eles tenham uma flexibilidade maior para que outras atividades agropecuárias possam ser instaladas aqui."
Ele lembrou que 98% da cobertura vegetal do Amazonas permanece preservada. "Nosso rebanho não chega a 1,8 milhão de cabeças de gado, enquanto o de Rondônia soma 12 milhões de animais", lamentou. "Todo mundo combate a pecuária, mas esquece que ela puxa a economia nacional".
O vice-presidente da Fapea e representante da entidade no Conselho Estadual de Meio Ambiente, Muni Lourenço, reclamou de excesso de burocracia nas autorizações para desmatamento. "Nossa expectativa é que esses processos sejam agilizados. Hoje os produtores demoram meses para receber resposta de suas solicitações."
A assessoria de comunicação do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informou que tanto a presidente do instituto, Iracema de Queiroz, quanto a diretora técnica, Artemísia do Valle, passariam o dia em reuniões e não poderiam comentar as afirmações. De acordo com a assessoria, ainda não foi publicada, mas já está em fase final de elaboração, a portaria com os procedimentos que o órgão estadual adotará na recepção e análise dos pedidos de autorização para desmatamento.
(Por Thaís Brianezi, Agência Brasil, 06/07/2006)
http://www.radiobras.gov.br/materia_i_2004.php?materia=269145&q=1