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2006-07-07
Já está mais do que provado que o manejo de uso múltiplo sustentável das riquezas da flora e da fauna da Amazônia é muito mais viável do que qualquer outra atividade comercial que possa ser desenvolvida na região. Além de preservar a maior floresta tropical do mundo, o manejo de madeira, sementes, resinas, óleos, frutas, animais silvestres e outras riquezas nela existentes, gera muito mais renda e empregos do que atividades como pecuária e soja, que só concentram renda e põem abaixo toda a secular biodiversidade da região.

Mas algumas questões importantes ainda precisam ter respostas objetivas para a expansão do manejo florestal sustentável como melhor opção para se evitar a devastação da região. Três delas dizem respeito à expansão na região do próprio conhecimento das técnicas de manejo, da disponibilidade de financiamentos e da organização do mercado de comercialização dos produtos. Como vender, por exemplo, o óleo de copaíba produzido no interior do Amazonas em São Paulo? Ou mesmo, como faz para vender esse mesmo produto no exterior?

No Amapá, todas essas demandas já começam a ser respondidas numa importante parceria firmada recentemente entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e a Escola de Administração Pública estadual. Os três órgãos executaram um projeto que vai auxiliar as populações tradicionais do estado tanto a desenvolverem o manejo quanto o mercado de comercialização de produtos florestais conhecidos como não-madeireiros, tais como andiroba, copaíba, castanha-do-brasil e buriti.

Financiado pelo Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, o projeto constituiu-se de um curso de capacitação em manejo florestal que foi aplicado para algumas das comunidades ribeirinhas da Reserva Extrativista do Rio Carajari. Os extrativistas da reserva tiveram a oportunidade de conhecer e discutir as etapas e os procedimentos corretos para elaborar um plano de manejo comunitário.

Também foram orientados a desenvolver atividades práticas de diagnóstico, inventário e colheita dos produtos florestais não-madeireiros. Como a reserva extrativista se trata de uma região carente de padrões de produção e comercialização, o curso de capacitação contemplou ainda noções de beneficiamento, de controle de qualidade, de comercialização dos produtos e derivados e de certificação, além de agregação de valor aos produtos regionais.

“Trata-se de um curso teórico e prático, em que se busca o resgate dos conhecimentos tradicionais da população e a complementação desses conhecimentos com informações técnicas. Vamos estimar a produtividade de algumas espécies, utilizar medição de árvores e discutir informações sobre manejo florestal”, destacou para a imprensa amapaense Marcelino Guedes, doutor em Recursos Florestais.

Durante os cinco dias do curso, ribeirinhos que desenvolvem atividades produtivas ligadas aos produtos florestais não-madeireiros e os pesquisadores da Embrapa Amapá trocaram informações e experiências sobre a história de vida das principais espécies fornecedoras dos produtos, o manejo sustentável com noções de inventário, o planejamento de logística da colheita, a extração de mínimo impacto, as técnicas silviculturais para otimizar a produção e o monitoramento.

Também fizeram parte do conteúdo do curso o repasse de informações sobre aplicação de práticas de inventário de fauna, instalação de parcelas (áreas delimitadas para se fazer uma amostragem e compor a representatividade da área global a ser trabalhada), medição de árvores, inventário florestal e estimativa da produção.
(24 Horas News, 06/07/2006)
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