Cientistas temem extinção dos anfíbios e pedem US$ 400 milhões para a conservação de várias espécies
2006-07-07
Um grupo de aproximadamente 50 cientistas pediu à comunidade internacional que tome medidas urgentes para evitar a extinção dos anfíbios, considerada um sinal da deterioração geral do meio-ambiente. O apelo publicado hoje (07/07) na revista "Science", sob o título "Biodiversidade: Enfrentando as extinções dos anfíbios", os especialistas defendem um investimento de US$ 400 milhões na conservação de várias espécies de batráquios, classe que inclui rãs, sapos, tritões e salamandras.
O objetivo do programa de cinco anos é recolher em lugares protegidos e zoológicos os anfíbios que correm maior risco de extinção. Das 5.743 espécies de anfíbios conhecidas, um terço está em perigo de extinção, devido à mudança climática, perda de "habitat", aumento na radiação ultravioleta que chega à Terra e contaminação por pesticidas. Desde 1980, pelo menos 122 espécies teriam desaparecido.
Os anfíbios formam uma parte importante do ecossistema, já que comem insetos e são presas de animais de maior porte. Além disso, as secreções de sua pele interessam aos pesquisadores de remédios. Os cientistas que assinam o apelo são de todas partes do mundo, mas principalmente dos Estados Unidos e países da América Latina, como o Brasil, México, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Equador e Porto Rico.
(EFE, 07/07/2006)
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