Em memorando de entendimento assinado quarta-feira, no Rio de Janeiro, pelos ministros de Minas e Energia do Brasil, Silas Rondeau, e do Uruguai, Jorge Lepra, deu a largada no projeto Candiota 4. Segundo o presidente da CGTEE, Sereno Chaise, que participou do encontro, um grupo de trabalho formado por três integrantes do governo brasileiro e outros três do uruguaio apresentará projetos detalhados da nova usina, de uma rede de transmissão de energia e de uma conversora em 60 dias.
"A Fase D, como estamos chamando, deverá ser construída no Candiotão, onde seria a Fase C. A CGTEE fará a usina e venderá a energia com tarifa baseada na que é utilizada atualmente na exportação para o Uruguai, com reajustes baseados no custo do carvão e na variação do IGPM", explica Chaise. Dentro de 15 dias, o grupo irá se reunir pela primeira vez em Candiota, para que os uruguaios conheçam o local da usina e as jazidas de carvão. "A idéia é fazer reuniões alternadas entre Montevidéu, Porto Alegre, Candiota e Brasília", afirma o presidente.
Outros projetos
A linha de transmissão incluída no memorando de entendimento terá 400 quilômetros e ligará San Carlos, no Uruguai, a Candiota, no RS. O investimento será feito pelo país vizinho, assim como na conversora a ser instalada em território uruguaio, já que a corrente elétrica dos dois países é diferente.
(Por Denise Nunes, Panorama Econômico,
Correio do Povo, 07/07/2006)