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2006-07-07
A falta de definição sobre normas para emissão de poluentes é uma das barreiras para a redução no preço do veículo elétrico e, consequentemente, para o desenvolvimento do seu mercado, principalmente no Brasil. A opinião é do presidente da ABCE - Associação Brasileira de Consultores de Engenharia Ângelo Vian, que acredita ser apenas comercial o problema do ingresso dos VEs no Brasil, já que o veículo elétrico híbrido é, para ele, a solução do momento.

Segundo Vian, a diferença de preço dos VEs em relação aos convencionais – cerca de 4 mil euros ou R$ 11,3 mil - é um fator determinante no impedimento do crescimento do mercado de veículos elétricos. “No entanto, se forem impostas restrições mais drásticas na questão da poluição, o mercado para o veículo elétrico será criado automaticamente”, avalia.

Esta é a posição que ele defenderá nas discussões que acontecerão durante o VE 2006 - 4° Seminário e Exposição de Veículos Elétricos que o INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética realiza nos dias 15 e 16 de agosto na Escola SENAI Mário Amato – Faculdade SENAI de Tecnologia Ambiental, em São Bernardo do Campo, SP.

Para reforçar sua opinião, Vian cita a imposição de regras em relação à emissão de poluentes na Califórnia, Estados Unidos, berço do veículo elétrico. “A adoção de medidas contra os automóveis que contribuíam para a poluição do ar estimulou o desenvolvimento dos VEs”, lembra.

Mesmo diante das barreiras existentes, Ângelo enxerga uma tendência de crescimento do mercado. “A Toyota e a Honda saíram na frente e já dispõem de modelos competitivos. Outros fabricantes de veículos tentam recuperar o tempo perdido”, analisa. Segundo ele, algumas montadoras estão investindo em projetos de híbridos que combinam a eletricidade e diesel (no lugar da gasolina), além de outras iniciativas para tentar obter um motor a gasolina que polua menos. Na sua avaliação, o veículo puramente elétrico tem uma autonomia limitada e ainda depende de novas tecnologias para o desenvolvimento de baterias mais leves. “O híbrido foi a grande jogada”, reforça.

Setor de energia
Ângelo Vian considera, apesar das estimativas somarem 300 mil veículos híbridos em circulação em 23 países, ainda ‘tímida’ a frota de veículos elétricos híbridos no mundo. Para ele, é importante voltar à atenção para o mercado de VEs, uma vez que o desenvolvimento desse tipo de veículo alterará não apenas o setor de transportes, mas, também, o de energia. “A frota atual no mundo, embora pequena, gera cerca de 9 mil megawatts, o equivalente a uma usina de Itaipu”, compara.

Desta forma, sugere que todos os setores envolvidos na geração e distribuição de energia comecem a estudar o impacto dos VEs para o setor, seja na condição de consumidores de eletricidade (para a recarga das baterias), ou como fornecedores, pois esses automóveis também são importantes fontes de energia. O veículo elétrico híbrido tem um tanque de combustível, como um carro convencional, mas os primeiros quilômetros do percurso são feitos com a energia da bateria, que é recarregada por um gerador de eletricidade a bordo e, também, pela energia aproveitada das frenagens. Já o híbrido plug in, conta com uma bateria com capacidade maior que pode ser recarregada numa tomada dentro da garagem da casa, tendo autonomia para rodar os primeiros 30 a 40 quilômetros somente com essa energia acumulada. No entanto, ainda é preciso criar a infra-estrutura para recarregar todas as baterias a partir de uma simples tomada doméstica.

“Ao ser carregada, a bateria tem uma carga especial que não é problema para a rede elétrica, mas os impactos devem ser previstos e estudados com todos os seus atores: geradores, transmissores e distribuidores envolvidos no processo”, aponta.

Ângelo Vian considera tecnicamente viável para o Brasil a possibilidade de os veículos a bateria e híbridos fornecerem energia elétrica. Considerando que os híbridos elétricos já possuem geradores próprios que alimentam suas baterias, eles podem vir a ser utilizados adicionalmente como fontes de energia para diversas situações. Pesquisadores apontam que já existe tecnologia para que os veículos elétricos, sejam carros ou ônibus, venham a ter a dupla função de funcionarem como transporte e como fonte de energia.

Para o presidente da ABCE, essa tecnologia poderá ser empregada no futuro desde que as concessionárias passem a estudar as formas dessa geração de energia, os locais onde essa energia proveniente dos veículos possa ser descarregada e contabilizada.

“Veículos elétricos podem se tornar novas cargas importantes para o setor elétrico. Os seminários organizados pelo INEE têm ajudado a avaliar os seus efeitos na rede e os pontos críticos para as concessionárias. A entrada de pequenos geradores deve ser discutida em um planejamento futuro. Embora essa preocupação já exista, os estudos são necessários e precisam ser iniciados imediatamente”, alerta.

Seminário

O VE 2006 - 4° Seminário e Exposição de Veículos Elétricos, organizado pelo INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética, debaterá todos os aspectos relacionados aos veículos elétricos, sejam a bateria, híbridos e de célula a combustível, envolvendo os tipos, a eficiência, o mercado, as pesquisas, a divulgação e a matriz energética. Além do seminário haverá também uma exposição de tecnologias, produtos e serviços com as novidades dos mercados que envolvem os veículos elétricos, aberta ao público em geral.

O programa conta com palestras, painéis, mesa redonda e workshops dos quais participarão convidados nacionais e internacionais de grande expressão, que informarão e discutirão sobre este novo paradigma que revoluciona os setores automotivo, de transporte, energético e ambiental.

Os temas escolhidos são: Tipos de veículos elétricos e evolução esperada; Os veículos elétricos e a matriz energética brasileira; Ensino e pesquisa em veículos elétricos: preparando a geração de técnicos; A economia do hidrogênio, células a combustível e os veículos elétricos; Perspectivas para os acumuladores de energia nos veículos elétricos; Soluções para transporte de carga e logística; Veículos elétricos e transporte público; Ações para promoção dos veículos elétricos no Brasil e na América Latina; Regulamentação para veículos Elétricos; Veículos elétricos: eficiência e meio ambiente e Empresas de energia elétrica e os veículos elétricos.

O seminário tem o patrocínio da Hewlett Foundation, UTE Norte Fluminense e CPFL Energia e o apoio das seguintes entidades: Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU),Centro Universitário da FEI (Faculdade de Engenharia) e Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio (CENEH).
(Com informações do INEE)

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