DMLU TERIA QUE AJUSTAR LOGÍSTICA SE TODA POPULAÇÃO SEPARASSE LIXO
2001-10-08
Em Porto Alegre, 70 a 80% da população participa da separação do lixo. É claro que a eficiência não é a ideal, varia. Mas se 100% das pessoas participassem, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) não teria, hoje, condições de atender toda demanda. A análise é feita por Geraldo Reichert, Diretor da Divisão de Destino Final do DMLU. Para aproveitar todo esse lixo, seria necessário fazer um investimento em caminhões (aumentar a frota e investir nos veículos coletores); contratar mais equipe; e aumentar a produtividade das Unidades de Triagem, seja com novos empregados, novas unidades ou mais turnos de trabalho. - Na verdade, quem decide qual a melhor alternativa é a Federação dos Recicladores e a Prefeitura. Mas, nesse momento, o Departamento não tem orçamento para isso, diz Reichert. O diretor-presidente do DMLU, Darci Campani, entretanto, afirma que o Departamento já tem logística e pessoal suficientes para atender um hipotético crescimento da participação das pessoas na Coleta Seletiva. - Estamos aumentando a produtividade dos galpões de reciclagem pouco a pouco. Alguns estão trabalhando com duas, três, até mesmo quatro turmas. Existe uma maleabilidade. Se os oito galpões trabalhassem 24 horas, a produtividade mais do que duplicaria, explica Campani. Com relação à coleta, cada caminhão poderia fazer mais uma viagem, pois os empregados trabalham por tarefa. - Não é comprando frota que vamos resolver o processo da Coleta Seletiva, diz ele. Atualmente, os caminhões partem da Zona Sul, mas o DMLU está negociando um terminal central, que diminuiria em meia hora o tempo de percurso dos carros coletores, que rodam meia hora até chegar na zona de coleta. Depois, mais quinze minutos até o galpão de reciclagem mais próximo, meia hora para descarregar, e mais 15 minutos para voltar para coleta. - Podemos, por exemplo, alterar o método de descarga para ganhar agilidade. Além disso, a implantação de dois novos galpões diminuirão o percurso, sugere Campani.